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Economia

Bolsa recua e dólar sobe após ajustes nos juros no Brasil e EUA

Dólar à vista encerrou cotado a R$ 5,6752; Ibovespa teve uma queda de 0,51%, fechando em 129.682 pontos

Por Gustavo Bonotto | 07/11/2024 19:00
Cédulas do dólar, moeda utilizada em transações comerciais. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)
Cédulas do dólar, moeda utilizada em transações comerciais. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

O dólar à vista encerrou a sessão desta quinta-feira (7) com uma leve alta de 0,02%, sendo cotado a R$ 5,6752. No dia anterior, a moeda norte-americana havia recuado 1,26%, fechando a R$ 5,6742. O principal índice da bolsa brasileira, o Ibovespa, teve uma queda de 0,51%, terminando o pregão em 129.682 pontos. Ontem (6), o índice já havia registrado uma leve baixa de 0,24%, fechando em 130.341 pontos.

Um dos fatores que movimentaram os mercados foi a segunda redução consecutiva das taxas de juros nos Estados Unidos. A taxa básica de juros, definida pelo Federal Reserve (Banco Central norte-americano), passou para o intervalo de 4,50% a 4,75% ao ano, em linha com as expectativas do mercado. Investidores agora aguardam novas sinalizações de Jerome Powell, presidente do órgão, sobre o rumo da política monetária norte-americana, especialmente diante do cenário de incertezas globais.

No Brasil, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central aumentou a taxa Selic em 0,50 ponto percentual, alcançando 11,25% ao ano. A decisão representa um aumento maior em comparação à última reunião, em que o ajuste foi de 0,25 ponto percentual. O Banco Central destacou que o principal motivo para a elevação é o controle da inflação, que acumula alta de 3,31% em 2024 e vem pressionada pelo enfraquecimento do real e pela incerteza na economia global, principalmente nos EUA.

O Copom também ressaltou a forte atividade econômica doméstica, o mercado de trabalho aquecido e a falta de resolução das contas públicas como fatores que influenciam a alta da Selic. Para atingir a meta de inflação de 3%, estabelecida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) com uma margem de tolerância entre 1,5% e 4,5%, o BC considerou necessário um ajuste mais forte na taxa de juros.

No contexto internacional, investidores mostram apreensão quanto à política econômica dos EUA, especialmente após a vitória de Donald Trump (Partido Republicano) nas eleições presidenciais. Com uma postura mais protecionista, o presidente eleito propôs reduzir o comércio com a China e aumentar tarifas sobre importações, o que pode fortalecer o dólar e exigir taxas mais altas no Brasil para atrair investidores.

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