Brasil vai voltar a exportar carne bovina in natura de MS para os Estados Unidos
A carne fresca que serve os brasileiros, produzida e comercializada em Mato Grosso do Sul, agora será exportada para os Estados Unidos. A negociação entre os dois países durou 17 anos, e a oficialização do compromisso será nesta quinta-feira, 28, com o Comitê Consultivo Agrícola Brasil-Estados Unidos, em Washington.
Com o acordo, os Estados Unidos passam a aceitar a entrada de carne bovina crua brasileira, mas apenas de regiões onde o gado é vacinado contra a febre aftosa. Anteriormente, as restrições quanto a carne crua do Brasil não abrangia apenas o produto de Santa Catarina, zona livre da aftosa há 9 anos - O país norte-americano já era consumidor do Brasil, sem ressalvas, da carne animal industrializada.
As negociações finais tiveram início no ano passado, de acordo com o Ministério da Agricultura. Na época, uma missão técnica veterinária norte-americana esteve no Brasil para vistoriar frigoríficos, inclusive do Estado. A visita também incluiu o estado de Rio Grande do Sul, Santa Catarina, e São Paulo.
Mercado - Mato Grosso do Sul tem o quinto maior rebanho bovino do país, com aproximadamente 20 milhões de cabeças, e o mercado de exportação gerou para o Estado US$ 262,104 milhões somente no primeiro semestre de 2016, de acordo com a Fiems (Federação das Indústrias do Mato Grosso do Sul e do produto).
A união europeia é consumidora da carne in natura produzida no Estado desde 2008, e recentemente o Ministério da Agricultura ampliou as áreas autorizadas para a exportação do produto. A área agora autorizada compreende os municípios de Corumbá e Ladário, bem como a região localizada a 15 quilômetros das fronteiras externas nos municípios de Porto Murtinho, Caracol, Bela Vista, Antônio João, Ponta Porã, Aral Moreira, Coronel Sapucaia, Paranhos, Sete Quedas, Japorã e Mundo Novo.
O restante do território de Mato Grosso do Sul, assim Mato Grosso, Minas Gerais, Espírito Santo, Goiás, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo já tinham permissão para exportação aos países da União Europeia há 8 anos.