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Economia

Caminhões da Bolívia esvaziam unidade da Bunge parada desde 2006

Marta Ferreira | 02/08/2011 17:05
Carreta com placas da Bolívia deixa unidade desativada da Bunge. (Foto: Simão Nogueira)
Carreta com placas da Bolívia deixa unidade desativada da Bunge. (Foto: Simão Nogueira)

Desativada desde 2006, a unidade esmagadora de soja da multinacional Bunge em Campo Grande está sendo esvaziada. Nos últimos dias, é intenso o movimento de saída de caminhões e carretas carregados de equipamentos e mobiliário da planta industrial, onde já trabalharam cerca de 800 pessoas. Todos os veículos têm placas da Bolívia.

O vaivém dos veículos colocou por terra o sonho dos representantes dos trabalhadores de que a unidade, um dia, viesse a ser reativada. De acordo com o sindicalista, até seis meses atrás, ainda havia atividade industrial para secagem de sementes, o que também foi desativado.Salomão lamenta a paralisação de uma indústria tão grande, principalmente por causa dos empregos perdidos.

“Nós sempre tivemos uma esperança de retomada da produção”, testemunha o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Alimentação, Rinaldo Salomão.

A desmontagem da indústria já dura mais tempo. Em março deste ano, houve um incêndio no local provocado por faíscas de um maçarico que era usado na operação.

A empresa-A Bunge, uma das maiores multinacionais do setor, mantém em Mato Grosso do Sul, duas unidades, uma esmagadora de soja em Dourados e uma usina em Ponta Porã. A empresa tem uma fábrica de fertilizantes na Bolívia.

O Campo Grande News fez contato com a assessoria de imprensa da empresa e aguarda o posicionamento sobre o destino da unidade.

Em março, uso de maçarico provocou incêndio na unidade. (Foto: João Garrigó)
Em março, uso de maçarico provocou incêndio na unidade. (Foto: João Garrigó)
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