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Economia

Capital pode liderar relações comerciais com Chile e Argentina, diz ministro

Em café com prefeita e secretários, membro do Ministério das Relações Exteriores falou sobre Rota Bioceânica

Caroline Maldonado e Cleber Gellio | 29/08/2022 11:04
Coordenador-geral de Integração de Infraestrutura da América do Sul, do Ministério das Relações Exteriores, ministro João Carlos Parkinson de Castro. (Foto: Marcos Maluf)
Coordenador-geral de Integração de Infraestrutura da América do Sul, do Ministério das Relações Exteriores, ministro João Carlos Parkinson de Castro. (Foto: Marcos Maluf)

A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (Patriota), secretários e superintendentes se reuniram hoje (29) com o coordenador-geral de Integração de Infraestrutura da América do Sul, do Ministério das Relações Exteriores, ministro João Carlos Parkinson de Castro. Ele trouxe detalhes sobre as oportunidades que a Rota Bioceânica trará à Capital.

A rota será aberta com a ponte em construção sobre o Rio Paraguai, entre a cidade paraguaia Carmelo Peralta e Porto Murtinho, a 439 quilômetros de Campo Grande. A ponte ligará os oceanos Atlântico e Pacífico, permitindo a conexão do Brasil com a China. Com isso, produtos da Capital, além dos vindos de outros Estados, seguirão pelo Paraguai, Argentina e Chile até chegar a dois portos do Chile, de onde partem de navio para a Ásia.

O ministro de carreira falou sobre redução de custos logísticos, uso de combustíveis limpos e como a Capital pode se preparar, em especial aumentando a oferta de serviços especializados, como despachantes, contadores, bancários e operadores logísticos.

Conforme o ministro, convênios de promoção do comércio e do turismo já firmados entre os países dão cobertura jurídica para que Campo Grande lidere as relações comerciais com as subunidades do norte do Chile e da Argentina e empreenda ações de promoção do intercâmbio da cooperação internacionais.

Castro explicou que a prefeitura deve difundir a perspectiva de comércio exterior nos órgãos públicos para que a cidade esteja preparada para atender as demandas que virão.

“Os grandes parceiros comerciais do Estado estão na Ásia. Com a guerra da Ucrânia é perceptível a organização dos países em bloco, como, por exemplo, a Europa. A América do Sul é um desses blocos que têm que se fortalecer. Temos que ter a preocupação com o abastecimento de insumos, como milho, trigo e fertilizantes. Em Porto Murtinho, as coisas já estão acontecendo, a cidade já começa a se transformar. A pecuária já começa a tomar outra característica”, comentou Castro.

Prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (Patriota), fala durante "1º Café Estratégico", no auditório do Sebrae. (Foto: Marcos Maluf)
Prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (Patriota), fala durante "1º Café Estratégico", no auditório do Sebrae. (Foto: Marcos Maluf)

A prefeita explicou ao secretariado que esse é o primeiro encontro de discussões para o plano estratégico da cidade. “É o momento de debater a gestão dos negócios. Com a vinda do ministro, vamos conhecer as oportunidades. É um novo tempo de desafios para Campo Grande.

O encontro, no auditório do Sebrae MS (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), marcou o  “1º Café Estratégico”, uma série de eventos que estão sendo realizados pela Sugepe (Subsecretaria de Gestão e Projetos Estratégicos).

A subsecretaria trabalha em levantamentos e indicadores para criar um plano de desenvolvimento econômico com base na Rota Bioceânica.

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