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Economia

Caso de ferrugem asiática da soja cai 92% em um ano e é tema de encontro

Caroline Maldonado | 22/09/2015 08:24
Redução de focos de ferrugem asiática se deve a mudança no comportamento do produtor (Foto: Marcos Ermínio)
Redução de focos de ferrugem asiática se deve a mudança no comportamento do produtor (Foto: Marcos Ermínio)

Em 2005, Mato Grosso do Sul registrou 246 casos da ferrugem asiática, principal doença que atinge a soja. O número caiu para 19 na última safra, ou seja, redução de 92%, em dez anos, tempo em que o produtor aprimorou seus conhecimentos para combater a doença. Os dados são do Consórcio Antiferrugem, sistema de monitoramento da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária).

A troca de experiências e o interesse dos sojicultores pelo tema também ajudou nesse processo, na avaliação do presidente da Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul), Christiano Bortolotto.

“O sojicultor está cada vez mais técnico e atualizado com novas práticas agrícolas. Ele cumpre com o vazio sanitário, escolhe uma variedade precoce e faz o monitoramento periódico da lavoura, tudo com base no conhecimento adquirido em eventos como o Simpósio, onde há troca de experiência e apresentação de pesquisas com resultados positivos para o campo”, comenta Christiano.

O zoneamento agrícola, que estabelece o período de 1º de outubro e 31 de dezembro, como mais indicado para a semeadura do grão no Estado e o vazio sanitário são medidas que também contribuíram para a transformação do cenário. O vazio sanitário, que vai de 15 de junho a 15 de setembro, é o intervalo em que é proibido cultivar soja em qualquer propriedade de MS.

Esses e outros aspectos da sanidade vegetal serão tema do 1º Simpósio de Defesa Fitossanitária em Mato Grosso do Sul, que começa amanhã (23), no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo, em Campo Grande. O evento é realizado pela Sepaf (Secretaria de Estado de Produção e Agricultura Familiar), Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal, Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural), Crea (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de MS), com o apoio da Aprosoja.

Até quinta-feira (24), pesquisadores e representantes de entidades do setor vão debater temas relacionados as análises espaciais na vigilância fitossanitária, manejo integrado de pragas florestais, controle do trânsito interestadual de grãos, panorama do aparecimento de pragas, histórico da entrada de novas doenças vegetais no país, logística da entrega de embalagens de defensivos agrícolas, entre outros.

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