Ceasa tem movimento normal, mas preços ainda sofrem reflexo da greve
Muitos itens chegaram podres e tiveram que ser descartados, mas ainda assim os preços já começaram a cair
O movimento de cargas e clientes na Ceasa (Central de Abastecimento de Mato Grosso do Sul) voltou ao normal na manhã desta sexta-feira (1º), mas o reflexo da greve dos caminhoneiros continua a ser sentido nos preços.
Cristiano Chaves, gerente de abastecimento do local, afirma que embora as frutas, verduras e legumes já estejam mais baratos em relação à última semana, os valores ainda estão em média 5% acima do comum.
A saca da batata especial, por exemplo, que no ápice do movimento paredista chegou a ser vendida por até R$ 300, hoje já estava sendo vendida de R$ 150 a R$ 180. Já a caixa do tomate salada está saindo entre R$ 85 e R$ 110 e o longa vida por R$ 90. A cebola nacional está custando R$ 70 e a argentina, R$ 80.
Cristiano conta que muitos produtos chegaram podres à central por terem ficado muito tempo parados nas estradas em razão da greve e por isso tiveram que ser descartados. Esse dispêndio faz com que alguns produtos ficassem mais caros.
É o caso da abobrinha, que de R$ 80 saltou para R$ 100 e a abóbora cabotia, que foi de R$ 28 para R$ 40. “A esperança do consumidor é encontrar preços baixos, mas é preciso mercadoria para eles poderem baixar”, pontua.
Paralisação - Caminhoneiros em todo o país cruzaram os braços contra a política de preços da Petrobras, que tem elevado o preço do diesel frequentemente. Os veículos foram estacionados em vários pontos de rodovias e alguns manifestantes chegaram a impedir o tráfego de veículos de cargas.
Com isso, o desabastecimento tomou conta de estabelecimentos comerciais, já que os produtos não chegavam aos seus destinos.
O Governo Federal anunciou então uma série de medidas que foram ao encontro da maioria das reivindicações, como redução de impostos, tabela minima de fretes, fim do pedágio para eixos suspensos. Somado a isso, o Governo de Mato Grosso do Sul anunciou ainda uma redução na alíquota do ICMS, com a promessa dos postos de que isso impacte nas bombas.
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