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Economia

Colheita segue com atraso em MS, mas mercado dá bons sinais

Vanda Escalante | 10/03/2015 08:16
Atraso na colheita foi causado pelo excesso de chuva (Foto: Reprodução)
Atraso na colheita foi causado pelo excesso de chuva (Foto: Reprodução)

A colheita da safra de soja 2014/2015 em Mato Grosso do Sul está contabilizando um atraso médio de aproximadamente 11% com relação à safra passada, nas regiões acompanhadas pelo Projeto Siga MS (Sistema de informações Geográficas do Agronegócio de Mato Grosso do Sul).

Com base nas informações coletadas até o dia 27 de fevereiro, pode ser considerado que 61,5% da área de soja acompanhada pelo Siga, em 27 municípios, já está colhida. Os municípios acompanhados pelo projeto correspondem a aproximadamente 83% da área de soja total existente no estado.

As regiões sudeste e sudoeste estão com a colheita mais avançada, sendo os municípios de Aral Moreira, Laguna Carapã e Fátima do Sul os mais avançados, ultrapassando 75%. As regiões centro e norte continuam mais atrasadas, sendo que os municípios de Jaraguari e São Gabriel do Oeste apresentam as menores porcentagens de área colhida.

Em grande parte dos municípios, durante a semana, foi necessário interromper a colheita, devido às chuvas, sendo preciso aguardar de três a dez dias as condições adequadas para retomar os trabalhos.

No que diz respeito à qualidade dos grãos, a maioria dos municípios consultados, através dos sindicatos rurais e assistências técnicas, relata que até o momento não há alteração na qualidade. No que se refere à sanidade das lavouras, em Mato Grosso do Sul os números permanecem estáveis, com 19 ocorrências de ferrugem asiática, sendo a última no mês de janeiro, conforme informações do Consórcio Antiferrugem.

Mercado Interno - O mês de fevereiro fechou com valorização no mercado físico da soja em MS. O preço médio da saca de 60Kg cresceu 5,28% dentro do mês, saindo de R$ 52,48 em 2 de fevereiro para R$ 55,25 no dia 27. Em relação a igual período do ano passado, o preço médio da soja em grão em MS recuou 9%.O preço médio da saca estava cotado a R$ 59,76 em fevereiro do ano passado.

Entre as praças pesquisadas, o preço máximo foi registrado em Dourados, R$ 56,00. O preço mínimo foi observado em Chapadão do Sul, R$ 51,50 ainda no inicio do mês. As praças de São Gabriel do Oeste e Chapadão do Sul registraram as maiores valorizações em fevereiro deste ano; 6,8% e 6,5%, respectivamente.

Mercado Futuro - O mês de fevereiro foi de apreciação nas cotações internacionais da soja em Chicago (EUA). O contrato com vencimento em março de 2015 variou positivamente em 7,4%, saindo de US$ 9,6 no inicio do mês para US$ 10,31 em 27 de fevereiro.

Os contratos de maio e julho também apreciaram em 6,8% e 6,5% com o bushel1 encerrando o período cotado a US$ 10,32 e US$ 10,35, respectivamente. O contrato com vencimento em agosto de 2015 também experimentou valorização em fevereiro deste ano: 6,2% e o bushel encerrando o período cotado a US$ 10,31.

Entre os fatores que condicionaram a superação dos US$ 10,00 por bushel ao longo do mês, podemos destacar: o aumento da demanda por farelo de soja reportado pelo relatório de esmagamento do USDA (Departamento de Agricultura dos EUA); eventos climáticos na safra sul-americana, diminuição de estoques nos Estados Unidos; aceleração dos embarques semanais e mais para o final do mês foi a greve de caminhoneiros no Brasil, que deu a tônica na apreciação das cotações em Chicago.

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