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Economia

Com queda no preço, consumidor investe na picanha de fim de semana

É possível encontrar o corte nobre até 19,89% mais barato

Izabela Cavalcanti | 17/06/2023 13:18
Deilde Maria na fila da carne vendo o preço da picanha (Foto: Izabela Cavalcanti)
Deilde Maria na fila da carne vendo o preço da picanha (Foto: Izabela Cavalcanti)

A promessa da picanha na mesa do brasileiro, feita pelo Governo Federal, aparentemente, se tornou realidade. Em alguns açougues de Campo Grande, já é possível perceber queda no preço do corte nobre, proporcionando economia de até 19,89% para o bolso do consumidor, que já mira a mudança no cardápio do churrasco do fim de semana.

A dona de casa Deilde Maria Niedermeyer, de 61 anos, tem esperança de conseguir variar mais as proteínas consumidas em casa. “A picanha não é para o meu bolso, mas agora já vou começar a pensar em comprar. Faz muito tempo que nem penso, por causa do preço, agora já vou analisar”, comemorou.

A corretora de imóveis Sanderly Nunes, de 50 anos, afirma que percebeu a mudança no preço. “No meu churrasco, tem que ter picanha e maminha, principalmente. O preço mais barato já é uma ajuda a mais quando for fazer o churrasco”, pontuou.

A advogada Ana Carolina Mugarte, de 24 anos, tem costume de olhar o valor das carnes. Segundo ela, o novo preço também está atrativo para comprar. “Até que daria para comprar. Eu sempre olho o preço, tanto é que eu sei que antes estava 74 reais e agora 59. O preço é um atrativo a mais para comprar”, disse.

Ana Carolina na fila do açougue em estabelecimento no Bairro Tiradentes (Foto: Izabela Cavalcanti)
Ana Carolina na fila do açougue em estabelecimento no Bairro Tiradentes (Foto: Izabela Cavalcanti)

Açougues - Na Casa de Carne Nossa Senhora Aparecida, no Bairro Tiradentes, a proprietária Dayana Solano comenta que repassou a queda ao consumidor e já sentiu melhora no movimento.

No local, o corte baixou há 2 semanas. Antes, custava R$ 74,90 e agora está sendo vendido por R$ 60, queda de 19,89%. “Conforme o frigorífico baixa, a gente repassa ao consumidor. Fim de semana, principalmente, melhorou o movimento”, explicou.

A redução também foi uma estratégia para manter a competitividade. “Tivemos que fazer uma ação, porque os concorrentes baixaram bem. Colocamos promoção no dinheiro, débito e Pix”, contou.

Ainda de acordo com Dayana, manter o preço depende do frigorífico. “Pode ser que na semana que vem suba, aí a gente tem que subir também. Depende mais da estabilidade do frigorífico, que é o nosso fornecedor”.

Picanha na Casa de Carne Nossa Senhora Aparecida (Foto: Divulgação)
Picanha na Casa de Carne Nossa Senhora Aparecida (Foto: Divulgação)

O açougue optou também por reduzir o preço do quilo de outros tipos de carne, como o músculo, por exemplo, que saiu de R$ 32 para R$ 25 (21,87%); contrafilé, de R$ 49 para R$ 35 (28,57%); e ponta de peito, R$ 36 para R$ 25, redução de 30,56%.

Na Casa de Carne Neiger, no Centro, a picanha teve queda de 12,52%, saindo de R$ 79,90 em maio para R$ 69,90 em junho. O gerente Josival Ferreira acredita que o cenário se deve à “calmaria” do mercado. “O mercado está meio quieto. Com essa queda, a procura por picanha aumentou, porque a pessoa que antes pegava só uma, agora pega duas, três”, destacou.

Ainda de acordo com ele, a busca maior pela carne de primeira ocorre com mais frequência aos fins de semana. “Fim de semana é picanha e filé mignon. Às vezes, pela procura, tem que buscar no bairro para vender no Centro. Mas, no geral, está bom, está vendendo bem”, completou.

Na Casa de Carne Mão de Vaca, no Centro, a situação não é diferente. A tão sonhada picanha teve queda de 8%. No mês passado, o corte custava R$ 75, e agora passou para R$ 69.

O funcionário Diego Augusto de Oliveira explica que percebeu aumento na procura após a queda anunciada. “Fim de semana a procura é maior, a gente recebe encomenda de 10, 12 picanhas”, disse.

Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em maio, a carne teve queda de 0,15%. O custo da picanha, em específico, não foi repassado.

Preço da arroba - Conforme cotação divulgada pela Famasul, até ontem (15), em Mato Grosso do Sul, o preço da arroba da vaca com Funrural estava custando R$ 211,11, contra R$ 217,78, no dia 22 de maio. Queda de 3,06%.

Em relação ao boi com Funrural, o preço saiu de R$ 235,83 para R$ 227,11 no mesmo período, redução de 3,81%.

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