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Economia

Comunidade em Miranda investe em apicultura para fomentar a economia

Moradores estão construindo 33 caixas com possibilidade para que a produção de mel comece neste ano

Liana Feitosa | 22/07/2022 15:37
Caixa com colmeias de abelhas em fazenda de mel localizada em Miranda. (Foto: Sebrae/ Divulgação)
Caixa com colmeias de abelhas em fazenda de mel localizada em Miranda. (Foto: Sebrae/ Divulgação)

Moradores de Miranda, a 208 quilômetros de Campo Grande, estão trabalhando na construção de uma fazenda de colmeias, com a instalação de até 50 caixas, para fomentar a produção de mel na região do Pantanal sul-mato-grossense. O grupo está recebendo acompanhamento técnico para que a atuação da comunidade Salobra na apicultura atenda às exigências legais e seja feita com as melhores práticas de manejo e otimização da produção.

A comunidade fica às margens da BR-262, próxima ao Rio Miranda, e faz parte do programa Pró Pantanal, uma iniciativa do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) em parceria com o Senar/MS (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural), por meio do Sindicato Rural de Miranda, e apoio da Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural). Uma turma já passou pelo curso de apicultura na região e nova turma passa atualmente pela qualificação.

De acordo com Anderson Gonzaga Ortiz, gestor de desenvolvimento rural da Agraer, os moradores já receberam orientações sobre a construção das colmeias e, ainda, serão ensinados a formar as colmeias, assim como realizar o manejo na produção das abelhas e atendimento às regulamentações existentes para uma produção sustentável. Atualmente, está em processo de construção 33 caixas com possibilidade para que a produção de mel comece neste ano e, a colheita, a partir da florada do próximo ano.

“A gente cria abelhas porque sem elas não têm mel, própolis e nem pólen. Dizemos que é uma fábrica de abelhas. A primeira coisa a se fazer é ter um volume grande de abelhas. Colocamos as caixas, fazemos o manejo e elas podem forragear, alimentar-se, em até 700 hectares”, detalha Ortiz.

Para a analista do Sebrae/MS, Katia Muller, o trabalho tem o objetivo de atender necessidades desses trabalhadores. “O Sebrae trabalhou com a comunidade e buscou, junto com os moradores, as potencialidades empreendedoras da região. Há um trabalho direto para auxiliar na governança da associação local. Depois, na fase de produção, vamos auxiliar no trabalho de processamento para que eles possam ter um produto no mercado”, afirma.

Marinalva Oriozola Barbosa Samuel, moradora na comunidade há 46 anos e vice-presidente da Associação dos Moradores de Salobra, é uma das alunas no curso de formação de apicultores. Ela conta que há uma união de esforços para a compra das caixas de colmeias e estruturação do negócio. “Fizemos uma pastelada para arrecadar parte do valor que serviu para dar de entrada para a construção das caixas. Estamos nos mobilizando para ter todo o dinheiro e pagar tudo. Também vamos fazer os cursos e está dando tudo certo, aos poucos vamos conseguir alcançar nossas metas”, finaliza.

Morador da comunidade Salobra, em Miranda, durante curso de apilcultura. (Foto: Sebrae / Divulgação)
Morador da comunidade Salobra, em Miranda, durante curso de apilcultura. (Foto: Sebrae / Divulgação)


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