Consumo mundial de carne deve crescer e MS tem potencial para aumentar produção
O consumo de carne deve aumentar em 60 milhões de toneladas em 10 anos, segundo o diretor do WAF (World Agriculture Forum), Osler Desouzart. A demanda fará com que a agropecuária cresça cada vez mais em Mato Grosso do Sul, que tem ainda muito espaço e potencial, na opinião do presidente da Famasul (Federação da Agruicultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), Eduardo Riedel.
Para o presidente da entidade, o Estado pode ser considerado protagonista na pecuária brasileira. “A competitividade do produtor rural sul-mato-grossense tem atingido âmbito internacional com o aumento da produtividade, da qualidade e o empenho da indústria frigorífica instalada. O mercado brasileiro cresceu muito, mas ainda está aquém do potencial de produção”, afirmou Riedel.
A previsão de Desouzart leva em consideração mudanças no hábito alimentar e o crescimento da renda mundial. O especialista acredita que esses fatores causarão a supervalorização da arroba do boi e em 30 anos a carne se tornará artigo de luxo.
Conforme as pesquisas apresentadas pelo diretor da WAF, a China terá influência direta nos rumos da pecuária e da agricultura brasileira e 57% do crescimento no consumo de carne será representado pela Ásia, enquanto os países desenvolvidos responderão por 16% e a América Latina, 19%.
“Países desenvolvidos param de comer carne e passam a comer conceitos. Quanto ao Brasil, além de exportador, em 2022 se tornará o segundo maior consumidor de carne, superando inclusive o ‘planeta’ China”, disse o especialista durante a palestra “Cenário da pecuária de corte: 2014 é um divisor de águas?”. O diretor do WAF deu palestra sobre o assunto durante o Circuito Expocorte, nesta quarta-feira (30), no Centro de Convenções Albano Franco. O evento é realizado pela Famasul Verum Eventos.
