Créditos de carbono serão foco no MS Day
Governo do Estado fará eventos ao mercado entre 11 e 18 de maio em Nova Iorque
O Governo do Estado pretende reunir cerca de 70 empresários envolvidos no setor financeiro e área de investimentos para divulgar as potencialidades do Estado que possam despertar o interesse de trazer recursos estrangeiros para Mato Grosso do Sul. O governador Eduardo Riedel, PSDB, e equipe participarão de série de reuniões durante o MS Day, em Nova Iorque, que, além de um jantar com um grupo, prevê rodadas de reuniões entre os dias 11 e 18 de maio.
Conforme disse o governador, agora se delineou o momento ideal para essas tratativas que possam atrair capital para Mato Grosso do Sul. “Hoje nós estamos maduros para ir lá fazer isso. Um ano, dois anos atrás, não tinha essa maturidade.”
Esse tempo certo a que se referiu envolve a elaboração de projetos de infraestrutura que precisam de investimentos e ganharam formato, como a concessão de trechos de estradas que somam cerca de 900 quilômetros, reunindo trechos das BRs 262 e 267 e a MS-040, todos no lado leste do Estado. Também está sendo formatado um projeto para retomada do transporte ferroviário para atender empreendimentos da celulose. Ambos a serem feitos pelo setor privado, cada um estimado em algo em torno de R$ 5 bilhões.
No caso das rodovias, a expectativa é que a União repasse os trechos ao Executivo Estadual para haver leilão por volta de setembro na Bolsa de Valores, caso cumprida toda a burocracia. Riedel explicou, durante entrevista concedida em visita ao Campo Grande News, que pretende mostrar os projetos e a posição do poder público em relação a eles, para assegurar as iniciativas. “É uma estruturação de um projeto de valor alto que vai ser colocado a mercado para que mude uma realidade de infraestrutura aqui no Estado. Então é isso que nós vamos fazer em Nova Iorque.”
Além de reuniões com eventuais empreendedores em áreas que o Estado seja competitivo e atrair financiadores para projetos estruturantes, uma terceira vertente do Governo é despertar interessados em crédito de carbono, um assunto recente, mas que o Executivo abraçou, diante da possibilidade de remuneração a proprietários rurais que preservem florestas nativas do Cerrado e o próprio Bioma Pantanal. “Quando eu falo que eu quero transformar esse ativo ambiental que a gente tem em recurso, em valor para o sistema produtivo nosso, essa é um pouco a agenda. Começa você explicando o porquê, qual é o ativo ambiental que a gente tem? É o Bioma Pantanal, a biodiversidade é essa, o mapa é esse, está certificado aqui, o Bioma Cerrado é isso, o bioma Mata Atlântica é isso”, explicou Riedel.
Ele informou que o Governo já tem equipe trabalhando com reunião de informações, “fomentando, discutindo, criando as condições” e estruturando projetos sobre o tema do carbono. O assunto passou a ganhar relevância mais recentemente. A Câmara Federal aprovou e o Senado discutirá lei que limita emissões de gases de efeito estufa e prevê regras para a venda de títulos de compensação de carbono, com a remuneração para quem tem atividades preservacionistas. É neste filão que o Estado pretende avançar, com a remuneração pela manutenção de reservas ambientais e preservação da natureza.
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