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Economia

Educadora financeira traduz termos para quem acha que "Selic" é de outro mundo

Taxa Selic, juros, inflação, rendimentos, investimentos, educação financeira foram algumas das explicações

Por Izabela Cavalcanti | 08/11/2024 11:35
Sabrina Nakao explica sobre a importância das cooperativas na economia (Foto: Paulo Francis)
Sabrina Nakao explica sobre a importância das cooperativas na economia (Foto: Paulo Francis)

Taxa Selic, juros, inflação, rendimentos, investimentos, educação financeira. O universo da economia, em muitos casos, é algo difícil de entender e de decifrar. Para isso, a educadora financeira Sabrina Nakao palestrou sobre finanças, nesta sexta-feira (8), no escritório de investimentos do Sicredi, ajudando a entender os termos.

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Sabrina Nakao, educadora financeira, realizou uma palestra sobre finanças no Sicredi, desmistificando termos como Taxa Selic, inflação e investimentos. Ela explicou como a Selic influencia os juros e o impacto do aumento da taxa no controle da inflação, mas também na desaceleração do crescimento econômico devido ao aumento do custo do crédito. A palestrante também abordou o IPCA, o índice que mede a inflação, e destacou a importância da educação financeira para adultos e crianças, comparando o aprendizado a um copo vazio que precisa ser preenchido com conhecimento. A palestra se insere no contexto da nova regra que obriga os bancos a oferecerem educação financeira a clientes e empresários individuais, com o objetivo de combater o endividamento, promover o planejamento financeiro e a formação de poupança.

“É importante falar pontos da economia que são tabus para jornalistas e para as mídias. É importante saber o impacto verdadeiro para ter uma construção econômica sólida. Falamos sobre a Taxa Selic, a importância, o que é a Taxa Selic no Brasil, sobre a inflação e sobre alguns rendimentos de renda fixa, como o tesouro. A Selic é como se fosse a mãe da economia. Ela regula como os juros vão influenciar na vida das pessoas, para pagar juros ou receber juros”, destacou.

Na última quarta-feira (6), o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central decidiu aumentar a Taxa Selic em 0,5 ponto percentual, saindo de 10,75% para 11,25%.

A profissional explica que a Selic alta ajuda no controle da inflação, mas quando está baixa, ajuda no desenvolvimento de uma economia mais acelerada, e em contrapartida pode aumentar a inflação.

“Hoje, infelizmente está sendo necessário o aumento da Selic para controle da inflação, já que o governo vem gastando mais dinheiro do que pode, o que impacta no tesouro. Dessa forma, acaba sendo necessário ter juros mais atrativas para o investidor da renda fixa. Mas também segura os gastos com investimento em crescimento dos negócios, já que os juros do crédito aumentam”, pontuou.

Na ocasião também foi abordado sobre o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que é o termômetro do custo de bens e serviços ao consumidor.

Em Campo Grande, a inflação de setembro ficou em 0,58%, aumento de 0,55 ponto percentual.

Além disso, Sabrina comparou sobre ensinar educação financeira para adultos e crianças. “É muito mais fácil explicar para criança do que para adultos, porque a criança tem o copo vazio já. Eu que encho de água, eu que coloca as coisas na cabeça deles. Eu utilizo a metodologia da criança para o adulto, eu entendi que o adulto é financeiramente imaturo, porque ele não teve isso na infância”, finalizou.

Educação financeira – Em julho, os bancos tiveram que começar a ensinar educação financeira aos clientes e empresários individuas. A regra foi criada por meio de uma resolução conjunta entre o BC (Banco Central) e o CMN (Conselho Monetário Nacional).

Só aqui em Campo grande, são 213.165 endividados, conforme dados de outubro da PEIC (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor). O cartão de crédito é o principal responsável pelas dívidas das famílias, atingindo 73% em Campo Grande.

O objetivo é que cada instituição promova ações de organização e planejamento do orçamento pessoal e familiar; sobre a formação de poupança e resiliência financeira; e sobre a prevenção de inadimplência de operações e ao superendividamento. Cada uma terá o seu modelo de ação, desde que envolva esses itens e ofereça informações úteis.

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