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Economia

Empresa italiana vai testar na capital combustível com mistura de diesel e GNV

Flávio Paes | 29/10/2015 21:10
Deputado  Marcio Fernandes articulou vinda de empresários a Mato Grosso do Sul (Foto:Divulgação)
Deputado Marcio Fernandes articulou vinda de empresários a Mato Grosso do Sul (Foto:Divulgação)

Um grupo empresarial italiano do setor logístico e do transporte público , apresentou nesta quinta-feira a diretores da MS Gás, uma tecnologia que permite o abastecimento de motores a diesel com uma mistura controlada por combustível diesel e gás, ao mesmo tempo. A reunião na estatal foi intermediada pelo deputado estadual Márcio Fernandes (PT do B).

 Segundo o executivo Giovanni Deregibus, da Dimsport – Grupo que operacionaliza produtos tecnológicos do setor automotivo – a mistura do gás com uma pequena quantidade de diesel aponta para uma redução no custo do combustível que varia de 10 a 40%.

“O valor pode mudar devido ao tipo de gás empregado e a variação de preços no mercado de combustível, mas a nossa garantia é de que a plataforma funciona e o preço fica mais em conta”, esclarece Deregibus.

A previsão é de que em menos de um mês um caminhão-teste seja disponibilizado pelo Grupo Dimsport para calcular em rota específica os benefícios de Mato Grosso do Sul aderir ao sistema

Segundo o diretor da Companhia de Gás do Estado de Mato Grosso do Sul (MSGás), Rudel Espíndola Trindade Junior, hoje o consumo do gás natural para fins veicular é limitado porque a comercialização para o consumidor é quase um monopólio.

“Só existem oito postos de gasolina com GNV em Campo Grande e um em Três Lagoas. A expansão desse sistema no Estado é muito interessante para a Companhia. Gostaríamos de fazer esse investimento chegar, inclusive, até as empresas de ônibus”, disse.

O deputado estadual Marcio Fernandes reforçou que Mato Grosso do Sul é a porta de entrada do gás natural para o Brasil. “É muito interessante para nós a implantação desse sistema no Estado não só pela economia no custo operacional, mas também pela diminuição na emissão de poluentes”, explicou.
Para o presidente da Associação das Empresas de Transporte Coletivo (Assetur), João Rezende Filho, a plataforma tecnológica é muito atraente, mas ele pondera que precisaria primeiro testar a frota para saber se realmente vale a pena.

“A despesa mais importante que nós temos no sistema do transporte urbano, depois da mão de obra, é com o combustível. Consumimos mais de um milhão de litros de diesel todos os meses. Se pudermos cortar os gastos e a plataforma for viável técnica e financeiramente, temos interesse no sistema”, garante.

O empresário Cláudio Cavol, presidente da Três Américas Logística e Transporte, destacou que a plataforma seria uma solução de economia para a empresa em função do alto custo do frete cobrado hoje. “Vamos aguardar a vinda do caminhão para a demonstração prática e assim teremos um diagnóstico mais preciso sobre a redução dos custos”, afirmou.

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