Empresa que fornece gás a MS importa dos EUA para atender demanda do Sul
Ela já recorre à Bolívia para atender Mato Grosso do Sul e conta, ainda, com a Argentina
A Copa Energia importou dos Estados Unidos gás para aquecimento, com o objetivo de atender demanda da região Sul do Brasil neste inverno. A empresa já traz o insumo da Bolívia para atender mercado do Mato Grosso do Sul, além de contar regularmente com a Argentina.
Conforme publicou o jornal Valor Econômico neste sábado (15), é a primeira vez que a companhia realiza essa operação. Foi preciso investir na importação devido ao aumento de 15% a 20% da demanda do produto nesta época do ano.
Um navio trouxe 22 mil toneladas de gás propeno e está aportado no Rio Grande do Sul. Ele será destinado especialmente aos setores da indústria, comércio, serviço e agronegócio dos Estados que sofrem mais como frio intenso: Santa Catarina, Paraná e o próprio Rio Grande.
O estoque será comercializado entre julho e agosto. Entretanto, pode ser necessária uma nova operação. “Estimamos uma venda aproximada de 30 mil toneladas, sendo que o navio tem 22 mil toneladas. Por isso, temos tido conversas e negociações para buscar um complemento”, disse o diretor empresarial da Copa Energia, Vicente Longatti, em entrevista ao Valor.
Uma das utilidades possíveis do gás para o setor produtivo é aquecer os criadouros de aves. Com o ambiente em temperatura regulada, a mortandade dos animais é reduzida. Além disso, clientes residenciais também demandam o produto para distribuição em condomínios.
El Niño - A alta na demanda está relacionada à influência do fenômeno El Niño. Ele poderá fazer com que o inverno seja diferente do habital.
Na região Sul, o El Niño altera a circulação de ventos, que formam uma barreira e impedem que as frentes frias vindas do hemisfério Sul circulem pelo restante do País. Por ficarem mais tempo em uma região, devem aumentar a frequência de chuvas fortes nela.
Propano - O gás que veio dos Estados Unidos é o propano, que é diferente do GLP (Gás Liquefeito de Petróleo) fornecido pela Petrobrás e comumente mais utilizado nos Estados. O primeiro é menos eficiente do que o segundo para aquecimento, conforme explica matéria do Valor Econômico.
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