Endividamento e inadimplência atingem 205 mil pessoas na Capital

A Peic (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência) de janeiro deste ano aponta 205 mil pessoas endividadas na Capital. Realizado pela Fecomércio (Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado), o levantamento indica que o número de endividados saltou de 192.140 pessoas em janeiro do ano passado para 205.182 neste ano, aumento de 13.042 pessoas no período.

Entre os que disseram ter contas em atraso, o número saltou de 94.965 no início de 2023 para 98.770 neste ano. Entre os mais pobres, 50% disseram dever há pelo menos três meses, e o tempo médio de endividamento chega a durar até 7 meses.

Conforme os números, o cartão de crédito é o principal “vilão” das famílias campo-grandenses e compromete até 68% dos salários daqueles que recebem até 10 salários mínimos, números que crescem para 77% dos ganhos de quem recebe mais do que 10 salários. Os carnês também foram apontados como “indigestos” para 17% dos entrevistados.

Do mesmo modo, 53% das pessoas que recebem até 10 salários disseram ter dívidas em atraso, número que atinge 22% dos mais endinheirados. Sobre o pagamento dessas dívidas, apenas 3 entre 10 pessoas que recebem até 10 salários disseram ter condições parciais de quitar as pendências com os credores, número que sobe para 9 em cada 10 que ganham mais de R$ 14 mil mensais.

Conforme a Fecomércio, os populares disseram que as dívidas em atraso perduram em média por até 70 dias e comprometem 50% dos salários de quem recebe menos. Realizada por amostragem, a pesquisa ouviu 17,8 mil pessoas em Campo Grande.

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