ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, SEGUNDA  18    CAMPO GRANDE 25º

Economia

Estado 'prefere' que empresa brasileira vença holandesa na compra da Fibria

Oferta formal avalia em R$ 40 bilhões estrutura de R$ 37,2 bilhões

Kleber Clajus | 13/03/2018 19:38
Unidade de Três Lagoas tem capacidade de produzir 1,3 milhão de toneladas de celulose por ano (Foto: Divulgação)
Unidade de Três Lagoas tem capacidade de produzir 1,3 milhão de toneladas de celulose por ano (Foto: Divulgação)

Eventual compra da Fibria pela Suzano Papel e Celulose, conforme o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico Jaime Verruck, deve ser mais favorável a Mato Grosso do Sul, do que sua aquisição pela holandesa Paper Excellence, que já comprou a Eldorado. Todas as estruturas estão localizadas em Três Lagoas, a 338 quilômetros de Campo Grande.

Verruck esclareceu que as empresas de celulose no Estado possuem intenção de ampliar suas plantas, estratégia que pode ser postergarda ou nem mesmo ser concretizada. Só a Fibria hoje tem capacidade de produzir 1,3 milhão de toneladas de celulose por ano.

"Seriam 600 mil hectares de eucalipto na base de uma empresa só. A Paper está entrando no mercado brasileiro e nem assumiu a Eldorado, já a Suzano tem portifólio que não é só celulose e pode ser que com essa fusão faça papel", ressaltou o secretário estadual.

Há tratativas de ambas as empresas com acionistas da Fibria, que tem como controladores a Votorantim e BNDESPar (BNDES Participações). Ofertas ainda estão sob análise.

Oferta - Na semana passada, a Paper Excellence apresentou oferta formal para compra da Fibria, depois de reportagens apontarem para negociações com concorrentes. O jornal Valor Econômico revelou que a estrutura sul-mato-grossense foi avaliada em R$ 40 bilhões, ante os R$ 37,2 bilhões relativos ao seu atual valor de mercado.

A empresa holandesa, controlada pela família Wijaya e dona da Asian Pulp & Paper, adquiriu no ano passado a Eldorado por R$ 15 bilhões. Isso possibilitou ao grupo expandir negócios para fibras curtas de eucalipto, usadas nos papéis de imprimir e escrever, além das longas e pasta mecânica de celulose já produzidas por suas outras sete plantas no Canadá e França.

"Se você quer construir uma fábrica do zero, isso custa muito mais caro. Talvez o custo fosse ficar muito mais alto. Quando você adquire uma fábrica de celulose, você não compra só a fábrica, você compra a tecnologia, as pessoas, os talentos", ressaltou na época o presidente adjunto da Excellence, Pedro Chang. "Custaria muito até começar a operar a fábrica".

Nos siga no Google Notícias