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Economia

Exportações de minério de ferro acumulam queda de 38% no ano

Priscilla Peres | 12/09/2016 11:45
Minério de ferro sendo transportado para exportação. (Foto: Correio de Corumbá)
Minério de ferro sendo transportado para exportação. (Foto: Correio de Corumbá)

As exportações de minério de ferro acumulam queda de 38% entre janeiro e agosto deste ano, comparado ao mesmo período do ano passado. Dados da balança comercial de Mato Grosso do Sul mostram que o volume exportado caiu de 3,05 milhões de toneladas para 2,189 milhões de toneladas.

Dados compilados pela Semade (Secretaria estadual de Desenvolvimento Econômico) ressaltam o que já é fato no Estado: o setor de minério de ferro vai mal das pernas. O preço da matéria-prima em queda a mais de um ano tem influenciado diretamente no lucro das empresas.

Em faturamento, o setor gerou US$ 64 milhões este ano contra US$ 104 milhões no ano passado, ou seja, queda de mais de 60% conforme os dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

O ano passado foi marcado por demissões e descontinuidade de projetos das duas empresas que atuam no setor em MS, a Vale e a Vetorial. Neste ano, a Vale entrou em contato com o governo do Estado para pedir incentivos e assim, poder continuar suas atividades por aqui. Enquanto que a Vetorial tem "sofrido" para continuar com seus investimentos e funcionários.

Mas o minério de ferro não foi o único setor a ter queda nas exportações este ano. O segmento de papel e papelão teve redução de 43,13% entre janeiro e agosto deste ano comparado ao ano passado. Enquanto que o grupo de carne suína fresca e congelada reduziu as exportações em 43,96%.

Enquanto a soja, primeira colocada no ranking de exportações do Estado, teve retração de 12% e a celulose se manteve com leve alta de 0,11%, o quarto produto com maior participação na balança comercial, o milho aumentou 51% suas exportações.

Os dados mostram que a queda da cotação do dólar beneficiou as exportações do Estado, sendo que desde junho não há deficit na balança comercial. O superavit de janeiro a agosto chegou a US$ 1.504 milhões.

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