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Economia

Falta de vacina não preocupa e MS segue cronograma em campanha contra aftosa

Mapa aponta que 10 Estados enfrentam dificuldades referentes à falta da medicação

Humberto Marques | 03/12/2018 18:56
Iagro descarta problema com falta de vacinas contra aftosa; ação no Planalto e Fronteira acabou e, no Pantanal, termina no dia 15. (Foto: Iagro/Aquivo)
Iagro descarta problema com falta de vacinas contra aftosa; ação no Planalto e Fronteira acabou e, no Pantanal, termina no dia 15. (Foto: Iagro/Aquivo)

A vacinação do rebanho de Mato Grosso do Sul contra a febre aftosa segue sem percalços, ao contrário do que ocorre em outras regiões do país que enfrentam a falta do medicamento para a imunização. A Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) informou que o cronograma foi seguido tanto no Planalto como na região do Pantanal, com os trabalhos sendo encerrados na região pantaneira em 15 de dezembro.

No Estado, as doses deveriam ser adquiridas e aplicadas entre 1º e 30 de novembro nas regiões de Fronteira e Planalto, com o registro sendo ser realizado até 15 de dezembro. Já na região do Pantanal, as vacinas devem ser aplicadas até 15 de dezembro, com registro até 30 de dezembro. A campanha em andamento compreende a segunda etapa da imunização e previa atingir até oito milhões de cabeças de gado com idade de até 24 meses.

Por falta de vacinas, o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) decidiu prorrogar até 10 de dezembro a vacinação contra a aftosa em oito Estados: no Acre, Mato Grosso, Maranhão, Paraná, Rio Grande do Sul, Espírito Santo e Ceará a imunização vai até 10 de dezembro. No Amazonas, a data foi arrastada até o dia 14. No cronograma oficial, as campanhas terminariam na sexta-feira (30 de novembro) nesses Estados.

Em nota, o Mapa informou que o prazo foi ampliado nos Estados porque houve falta de vacinas nas revendas, o que seria resultado da mudança das dosagens –em 2017, os EUA embargaram a carne bovina in natura do Brasil por acúmulo de pus, problema atribuído à vacina que, agora, tem 2 ml, e não mais 5 ml. Com isso, a medicação que seguisse o padrão anterior teria de ser descartada.

Reportagem do Valor Econômico apontou, ainda, que houve 40 milhões de doses de vacinas rejeitadas. Ao mesmo tempo, no Paraná, as revendas totalizaram 8,3 milhões de vacinas, quando a estimativa era de serem vendidas 10 milhões. A falta foi atribuída ao possível fim da imunização no Estado em 2019 –o Estado pleiteia na OIE (Organização Mundial de Saúde Animal) o status de área livre de aftosa sem vacinação.

Regional – Mato Grosso do Sul vem se mantendo entre os três melhores percentuais de cobertura vacinal do Brasil dentro do Pnefa (Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa) que prevê a retirada definitiva da vacinação até 2023.

Nas três regiões do Estado, o registro da vacinação pe realizado pelo produtor no site da Iagro. Em casos específicos, a partir de apontamento da Iagro, o registro será feito em escritórios locais. Animais destinados ao abate podem transitar sem a vacinação da etapa vigente até o registro da CT-13 da propriedade. Depois do prazo, todos deverão estar vacinados.

Segundo a Iagro, a disponibilidade de vacina e o ambiente favorável, sem excessos de chuvas que tenham isolado os rebanhos na reta final da campanha, favorecem os trabalhos. A expectativa é de concluir os trabalhos no prazo sem necessidade de prorrogação.

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