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Economia

Força-tarefa fiscaliza denúncias de fraude em postos de combustíveis

Priscilla Peres e Caroline Maldonado | 12/05/2015 11:18
ANP e demais órgãos estão passando em postos nesta manhã. (Foto: Marcos Ermínio)
ANP e demais órgãos estão passando em postos nesta manhã. (Foto: Marcos Ermínio)
Testes de qualidade são feitos na hora. (Foto: Marcos Ermínio)
Testes de qualidade são feitos na hora. (Foto: Marcos Ermínio)

Órgãos de defesa do consumidor e fiscalizadores realizam hoje (12), força-tarefa em postos de combustíveis de Campo Grande. O índice de reprovação dos produtos vendidos na Capital soma 13% e foram denúncias de consumidores que motivaram a operação.

O delegado da Decon (Delegacia do Consumidor), Helton de Campos Galindo disse que a fiscalização em conjunto surgiu de reclamações feitas por pessoas que desconfiam de adulteração. "Consumidor tem que ser o primeiro a defender a si próprio, procurando a Decon ou o Procon", destacou.

De acordo com o Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia), o índice de 13% é alto, mas já foi pior. A a diretora técnica, Luciana Boni explica que há quatro anos o percentual de reprovação era de 18%. Esse tipo de fiscalização dos postos é feita entre duas e três vezes por ano.

Durante a operação, o Inmetro verifica se tem vazamento, fiação exposta, lacre rompido e visor quebrado. Depois disso eles fazem teste metrológico, que consiste em descobrir se o que marca na bomba é o que realmente entra no tanque. Geralmente as diferenças são pequenas e não passam de 100 ml, se passar disso, o posto é autuado.

De acordo com o coordenador de atendimento e fiscalização do Procon, Enivaldo Marques Pereira, existe bastante reclamação, pois muitas pessoas desconfiam de fraude, quando depois de abastecer percebem problemas no carro. "Neste caso, vamos ao estabelecimento, acionamos o Inmetro e caso seja constatado o posto é autuado".

A ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) faz teste da qualidade do combustível, pra saber o teor de etanol, se está dentro do estabelecido (27%), se a adição de água não passa de 3%, que é o aceitável e se a adição de biodiesel no diesel não ultrapassa 7%.

Segundo o chefe do escritório sede da ANP, Manoel Polycarpo de Castro Neto, as amostras estão sido colhidas para serem analisadas na Universidade Federal de Goiânia. O resultado sai em 20 dias. A multa por fraude varia entre R$ 50 mil e R$ 3 milhões, dependendo dos agravantes e reincidência. "O proprietário do posto pode faturar até R$ 100 mil por ano, quando a fraude ou o defeito na bomba faz com que marque 200 ml a mais do que, de fato, entra no tanque, por cliente", explicou.

A força-tarefa já passou por Amambai e Coronel Sapucaia. As autoridades não deram detalhes sobre quanto tempo vai durar em Campo Grande.

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