Governador espera empregos e mais competitividade com venda da UFN-3
Negociações entre Petrobrás e russos quanto destino de fábrica em Três Lagoas estão avançadas
Além de novos empregos, o governador Reinaldo Azambuja espera gerar competitividade com a venda UFN (Unidade de Fertilizantes Nitrogenados) 3, em Três Lagoas, município distante 338 quilômetros de Campo Grande, pela Petrobrás para o grupo russo Acron. Com 80% dos obras executadas, o local está parado desde 2014.
O processo de compra e venda foi confirmado pela reportagem do Campo Grande News do dia 1º de agosto. Em agenda pública na tarde desta segunda-feira, o governador comentou que as negociações estão avançadas. “Tenho informações que eles já assinaram o primeiro protocolo e que, provavelmente, até o final de agosto eles finalizem toda negociação”.
A retomada das obras está prevista para o primeiro semestre do ano que vem, embora a estatal ainda não tenha se manifestado oficialmente sobre o negócio.
Com expectativa de gerar mais de 10 mil empregos diretos e indiretos, a ativação da unidade ajuda a alavancar a economia do Estado. “Além de você ganhar os empregos, ganhamos competitividade. Vamos produzir aquilo que consumimos e vamos exportar um excedente para abastecer o mercado brasileiro. É uma ganho extraordinário”, avalia o governador.
Segundo ele, o Brasil é importador de adubos nitrogenados. Fertilizantes como a ureia, sulfato de amônia e nitrato de amônia, muito utilizados na agricultura e pecuária do Estado, serão gerados na UFN3. “Vamos deixar de ser importador, para se tornar exportador de produtos nitrogenados”.
Por tratar-se de empresa estatal de economia mista, a negociação precisava de aval do Congresso ou abertura de licitação. No entanto, neste caso, bastou a autorização concedida em junho pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Desde o ano passado, a Acron aguarda liberação judicial para proceder com a compra.
- A UFN-3 foi projetada para comportar a fabricação de 70 mil toneladas de amônia e 1,22 mil toneladas de ureia granulada ao ano. Os planos do grupo russo são pagar US$ 1 bilhão na compra da fábrica e mais R$ 5 bilhões para sua conclusão, com início das operações até 2024 para produção de fertilizantes de múltiplos nutrientes e químicos.