Governo de MS defende suspensão da dívida dos Estados por um ano
O Governo de Mato Grosso do Sul vai defende a sugestão de moratória levantada pelo governador do Rio de Janeiro, Francisco Dornelles (PP) e apoiada pelos governos de Mato Grosso e Goiás.
Segundo o secretário estadual de Fazenda, Márcio Monteiro, o governo do Estado quer uma carência de pelo menos um ano, para reestruturação da dívida com a União. "Estamos propondo uma carência na renegociação da dívida e queremos reestruturar com outras taxas de juros", afirma.
Conforme Monteiro, o Estado paga R$ 100 milhões ao mês de juros. Por outro lado, conforme o cálculo a ser feito pelo STF (Supremo Tribunal Federal), pode restar ao governo de Mato Grosso do Sul um total de R$ 1,6 bilhão. A dívida atual é de R$ 7,1 bilhões.
"Se isso acontecer, o governo já sinaliza com duas alternativas: aderir a um programa federal, lançado recentemente, de estender o prazo da dívida, ou pegar dinheiro mais barato com um banco internacional para quitar o débito com a União, alternativa pensada desde o ano passado", alega o secretário.
De acordo com a Folha de São Paulo, o governador do Mato Grosso, Pedro Taques (PSDB) e Marconi Perillo (PSDB) durante evento promovido ontem (18) pelo Lide e American Society em Nova York, que o Centro-Oeste vai apoiar a proposta de moratória de um ano.
Taques informou que o próximo passo vai ser encaminhar oficialmente a proposta ao Governo Federal em nome dos Estados e então, debater como isso seria feito.
Segundo os governadores, a moratória permitiria liberação de recursos para investimentos nos Estados.