Há dois dias da sexta-feira, clientes lotam peixarias e vendas crescem
A tradição de não comer carne vermelha durante a Semana Santa é levada a sério por muita gente, e quem ganha com isso são as peixarias. As vendas para a sexta-feira santa, neste ano comemorada no dia 25 deste mês, já estão praticamente se aproximando do mesmo período do ano passado.
De acordo com o proprietário da Peixaria do Mercadão, Clauber Linares, a preocupação este ano era com a crise econômica e com o fato da data ter caído no fim do mês, o que podeira ter influenciado nas vendas. "As pessoas estão com poder aquisitivo um pouco mais limitado, mas os números preliminares apontam que as vendas deste ano estão bem próximas do ano passado", diz.
Ele disse ainda que no começo estava um pouco pessimista com relação as vendas, mas viu que as vendas podem aumentar ainda mais e até ser maior que em 2015, já que o fluxo de clientes é maior na véspera. "Amanhã a gente acredita que as vendas vão ser ainda maiores".
Os preços variam, e segundo Clauber tem sido fator importante para alavancar as vendas. "Se for comparar, a carne bovina em um ano teve aumento de 35% a 40%, enquanto o peixe subiu algo em torno de 5% a 10%. Esse pode ser um dos fatores que ajudou nas vendas, pois nosso mercado está estável.
Na peixaria há uma variedade de peixes, porém o carro-chefe mesmo é o Pintado, que é vendido inteiro, em postas e filé. "Tem o Pacu também que é bastante procurado. "Temos o Pintado da Amazonas que está com preço inicial de R$ 17,80 o quilo, já o Pintado de rio daqui de MS, chega a R$ 32,90 o quilo", diz ele que acrescenta ainda que há vários cortes, para todos os gostos e bolsos.
Entre os peixes mais baratos, o consumidor encontra a sardinha por R$ 7,50 o quilo e o Pacu em postas por R$ 9,50 o pacote, além do filé de linguado por R$ 10,50 o pacote.
O cliente também está animado para comprar os preparativos do almoço da Sexta-feira Santa, apesar de ainda considerar os preços altos. O aposentado Antônio Augusto, 67 anos, diz que não deixa de comer peixe por conta do costume e nessa época muda todo o cardápio. Ele estava levando um Pintado e gastou em média R$ 30. "Os preços estão altos, mas é o respeito a tradição, é um dinheiro bem investido".
Esperando gastar em média R$ 100, Aparecida Gomes da Silva, 65 anos, ainda estava em fase de pesquisa de preço. Ela conta que se comparado com a carne bovina, os preços do peixe não estão caros, acostuma da comprar peixe, o item é indispensável na mesa da família. "Tem que pesquisar e procurar o melhor preço", comenta ela que faz vários tipos de pratos que vão desde o peixe ensopado até o frito.
O funcionário público Ronei Moreira, 45 anos, comprou seis filés de tilápia que pesaram pouco mais de um quilo, o gasto foi de R$ 36. "Eu não pesquisei, achei caro os preços, mas estou levando a pedido da minha esposa", conta ele que informou ainda que durante o período da manhã a peixaria estava lotada.
A Peixaria do Mercadão atende hoje (23) e nesta quinta-feira (24) em horário normal até às 19h. Já na sexta-feira, feriado, o atendimento é até ao meio-dia.