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Economia

Hortifruti fica mais caro na 2ª feira caso protesto de caminhoneiros continue

Caroline Maldonado | 24/04/2015 11:56
Em última paralisação, há mais de um mês, preço de hortifutis subiu 30% (Foto: Marcelo Calazans)
Em última paralisação, há mais de um mês, preço de hortifutis subiu 30% (Foto: Marcelo Calazans)

A paralisação dos caminhoneiros, iniciada hoje (24), ainda não diminuiu o movimento na Ceasa (Central de Abastecimento de Mato Grosso do Sul), mas pode causar impactos nos preços dos hortifrutis na segunda-feira (27). A central espera para o início da semana que vem caminhões que saem hoje e amanhã de outros Estados, de onde vêm 85% dos produtos comercializados em Campo Grande.

Caso a manifestação de motoristas não termine ainda hoje ou amanhã cedo, os preços já mudam na central e os reajustes serão repassados no mesmo dia para os consumidores, segundo o coordenador da divisão de mercado da Ceasa, Cristiano Chaves.

“Vamos ver como será, mas se os caminhões que saem hoje e sábado não chegarem, na segunda-feira vai encarecer o tomate, batata, cebola, frutas e outros produtos”, comentou Cristiano, ao lembrar que apenas as folhosas não terão impacto nos preços, porque são de produtores do Estado.

A primeira paralisação, iniciada em 25 de fevereiro, elevou os preços das frutas, verduras e legumes em até 30%, a partir do quinto dia de protesto. Isso, porque muitos produtos perderam qualidade e algumas cargas tiveram perda total, durante os mais de dez dias de manifestação.

Os transportadores se reúnem na rotatória de encontro do quilômetro 466, da BR-163 e BR-262, na saída para São Paulo, em Campo Grande e no Trevo da Bandeira, cruzamento das rodovias BR-163 e MS-463, em Dourados.

Segundo a PRF (Polícia Rodoviária Federal), os motoristas estão sujeitos a multa de R$ 10 mil por hora que os veículos ficarem parados nas rodovias, conforme decisão judicial proferida no último protesto, há mais de um mês; além de outras penalidades previstas no Código de Trânsito. Houve paralisação também na MS-040, na saída para Santa Rita do Pardo, mas os caminhoneiros deixaram o local as 9h30, de acordo com a PRF.

Reivindicação – Os caminhoneiros querem a criação de uma tabela de frete, além de outras melhorias para o setor e agora defendem o impeatchemam da presidente Dilma Roussef (PT). No protesto da Capital, eles contam com apoio do movimento “Fora Dilma”, que oferece apoio logístico e permanece no local com camisetas e faixas.

O Governo Federal anunciou que a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) vai publicar hoje (24) uma resolução instituindo o procedimento para elaboração da tabela de frete. A notícia foi veiculada ontem (23) a noite após o início das manifestações dos caminhoneiros no país.

Mesmo com o anúncio, os transportadores aderiram a paralisação em Mato Grosso do Sul e afirmam que não foram notificados dessa decisão do Governo. Segundo os integrantes do protesto, os representantes do Governo disseram que a criação de uma tabela seria uma medida inconstitucional, durante reunião com transportadores na quarta-feira (22).

Os empresários acreditam que a notícia é uma tentativa de interromper as paralisações. Segundo os organizadores do movimento, os transportadores só retomarão os trabalhos quando for sancionada lei que disponha sobre a tabela.

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