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Economia

Com bloqueio das rodovias, hortifrútis estragam e ficam 30% mais caros

Mariana Rodrigues | 25/02/2015 10:09
De acordo com a Ceasa devido ao atraso na entrega o preço de alguns produtos já apresenta aumento. (Foto: do Idest, JWC).
De acordo com a Ceasa devido ao atraso na entrega o preço de alguns produtos já apresenta aumento. (Foto: do Idest, JWC).

Devido ao protesto dos caminhoneiros, que já chega ao quinto dia, o fornecimento de produtos hortifrutis está comprometido. Hoje (25), cerca de quatro caminhões que fazem entregas para a Ceasa (Central de Abastecimento) em Campo Grande, se encontram parados em rodovias que se estão bloqueadas.

De acordo com o coordenador da divisão de mercado e estatística do Ceasa, Cristiano Chaves, até ontem, os caminhões eram liberados com atraso de 20 a 30 minutos, porém nesta quarta-feira, os caminhões não foram liberados, resultando na perda da qualidade dos produtos e até mesmo na perda total da carga.

"Até ontem estávamos recebendo as mercadorias, mas devido ao atraso com que era liberada, os produtos já chegavam sem qualidade até nós. Se a paralisação continuar, vamos acabar perdendo toda a mercadoria", relatou Cristiano.

Com o atraso das entregas, o preço de alguns produtos já estão sendo repassado com acréscimo no preço. O tomate por exemplo, já está cerca de 30% mais caro. Mas, segundo Cristiano, esse preço pode elevar ainda mais caso a paralisação nas estradas prossiga.

Segundo Inês Shirado, que comercializa hortifrutis no bairro Arnaldo Estevão de Figueiredo, em Campo Grande, a mercadoria comprada no Ceasa/MS já se encontra sem qualidade e o preço de alguns produtos já é repassado com aumento. Ela informou que fornecimento ainda está sendo feito, devido ao desbloqueio das vias durante a noite, o maior problema segundo ela, é a má qualidade com que os produtos estão chegando.

"Até o momento não estamos tendo problemas com o fornecimento, mas a perda do qualidade dos produtos é muito grande, e isso infelizmente afeta o preço ao consumidor final. A nossa preocupação é que a paralisação continue e que os caminhões não consigam passar mais, aí teremos problemas com o nosso estoque", acrescentou.

Protesto - De acordo com a PRF, a paralisação ainda ocorre na BR 163 KM 256 - em Dourados - Trevo da Bandeira; BR 163 KM 271 - em Dourados - acesso à Fátima do Sul; BR 163 KM 614 - em São Gabriel; BR 163 KM 466 - em Campo Grande e na rotatória da BR 463 KM 102 - em Dourados - trevo de acesso à Amambai.

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