Ibama aceita estudo de impacto ambiental para projeto da Nova Ferroeste
Com segurança jurídica, próximo passo é realizar audiências públicas para participação da população
O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) recebeu e aceitou para avaliação o EIA (Estudo de Impacto Ambiental) e o RIMA (Relatório de Impacto Ambiental) da Nova Ferroeste. A publicação foi feita na edição desta sexta-feira (21) no DOU (Diário Oficial da União) e é assinada pelo diretor de licenciamento ambiental, Jônatas Souza da Trindade.
O documento foi entregue no dia 24 de novembro de 2021. Ele é fundamental para garantir a segurança jurídica para investidores do projeto. O empreendimento que passa por Mato Grosso do Sul e Paraná deve ir a leilão na Bolsa de Valores no segundo trimestre deste ano.
A partir de agora, abre-se o prazo oficial para a chamada das audiências públicas. Elas serão distribuídas ao longo do traçado para que a população possa participar, receber esclarecimentos sobre o empreendimento, tirar dúvidas, fazer críticas e trazer contribuições.
Outra etapa será a vistoria, na qual técnicos do Ibama vão a campo em locais estratégicos para fazer a avaliação e finalizar a análise antes de publicar o parecer final. A Nova Ferroeste vai ligar o Mato Grosso do Sul e o litoral do Paraná por trilhos. A estrada de ferro vai ter 1.304 quilômetros de extensão, saindo de Maracaju com destino a Paranaguá.
Um ramal entre Foz do Iguaçu e Cascavel vai facilitar o escoamento de produtos vindos do Paraguai e da Argentina. A empresa ou consórcio vencedor vai executar a construção da Nova Ferroeste e explorar o trecho por 70 anos. O valor do investimento é de R$ 29,4 bilhões.