Índice de desenvolvimento industrial recua 6,5 pontos entre abril e maio
Fiems atribui queda, entre outras coisas, à greve dos caminhoneiros
O IGDI (Índice Geral de Desempenho Industrial) de Mato Grosso do Sul recuou 6,5 pontos entre abril e maio. A Fiems (Federação das Indústrias) atribui esse resultado à greve dos caminhoneiros que aconteceu no fim do mês retrasado, que afetou várias companhias em todo o estado.
Conforme a entidade, o IGDI leva em consideração várias pesquisas de confiança e sondagem e o movimento paredista de 11 dias reduziu a participação das empresas com produção crescente ou estável na passagem de um mês para o outro, saindo de 76,5% em abril para 61,1% em maio.
Os resultados vinham apresentando crescimento desde janeiro, mas os 48,1 pontos no mês retrasado trazem à tona o patamar do início do ano.
Contudo, apesar de ter ajudado, a greve não foi o único fator que ajudou a reduzir o IGDI. A própria intenção de investimentos no setor industrial despencou de 61,8 para 53,7 pontos no período e da mesma forma a participação das empresas que contrataram no mês, que foi de 8,8% em abril para 3,9% em maio. Dados preliminares apontam que esses indicadores devem cair ainda mais.
Como é calculado? - O índice leva em consideração cinco variáveis: emprego, investimento, produção industrial, utilização da capacidade instalada e confiança.
O primeiro tem como base o percentual de estabelecimentos que aumentaram o número de empregados. Já no segundo, leva em consideração a intenção de investimentos nos próximos seis meses.
Segundo a Fiems, no quesito “produção” é usado o percentual de indústrias com a produção estável ou crescente, da utilização da capacidade instalada se pega o percentual médio e da confiança a base é o ICEI (Índice de Confiança do Empresário Industrial).