ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
DEZEMBRO, TERÇA  24    CAMPO GRANDE 27º

Economia

Indústrias retomam funcionamento, mas ainda enfrentam falta de insumos

Setor afirma que a situação não deve afetar os preços de produtos nas prateleiras

Ricardo Campos Jr. | 01/06/2018 12:10
Indústria de alimentos em Campo Grande (Foto: Paulo Francis)
Indústria de alimentos em Campo Grande (Foto: Paulo Francis)

Indústrias do setor de frigoríficos e laticínios retomam aos poucos as atividades depois de sofrerem os efeitos da greve dos caminhoneiros nos últimos dez dias. Contudo, o ritmo nas plantas ainda não atingiu cem por cento pela falta de insumos, cujas entregas atrasaram com os bloqueios registrados em várias partes do país.

“As operações estão voltando de forma lenta, provavelmente devem ser normalizadas a partir de segunda-feira, mas creio que isso não deva refletir nos preços”, diz o presidente da Assocarnes (Associação de Matadouros, Frigoríficos e Distribuidoras), João Alberto Dias.

Essa falta de insumos afeta principalmente as grandes empresas, como a JBS, que segundo a assessoria de imprensa está retomando as atividades gradativamente.

“A greve em Mato Grosso do Sul afetou quem trabalha com gado confinado por causa dos insumos. Há uma dificuldade em manter esses animais. Isso aconteceu tanto com bovinos, como frangos e suínos”, afirmou Dias.

Renato Gasparini, proprietário da Imbaúba Laticínios, afirma que a planta está operando hoje com 60% da capacidade, o que já é visto com comemoração, já que durante a paralisação chegou a funcionar com 5% porque não conseguia captar o leite nas fazendas.

“Agora a matéria-prima está chegando, mas os insumos previstos para serem entregues há duas semanas não, como por exemplo fermento para fazer o queijo e polpa de frutas para fazer iogurte, mas isso não deve refletir nos preços”, afirma.

A Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul) disse, por meio da assessoria de imprensa, que só fará um levantamento sobre a situação no setor na segunda-feira. No quarto dia de manifestação a entidade chegou a afirmar que 100% das plantas no estado paralisaram os trabalhos.

Nos siga no Google Notícias