Mesmo com leve alta, intenção de consumo segue na zona negativa
Fevereiro alcançou 97,8 pontos, equanto no mês de janeiro o patamar foi de 97,3
Em Fevereiro, Campo Grande registrou leve alta na ICF (Intenção de Consumo das Famílias), e chegou ao índice de 97,8 pontos, enquanto no mês de janeiro o patamar foi de 97,3, segundo os dados da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo).
Mesmo diante da leve alta, a Capital segue na zona negativa, abaixo dos 100 pontos estimados. De acordo com o relatório, as famílias com renda até 10 salários mínimos tiveram ligeiro recuo de 96 para 95,8 pontos. Já as demais, passaram de 104,2 pontos para 108,3.
Para a economista da Fecomércio Regiane Dedé, o cenário é resultado da inflação na vida dos trabalhadores. "É um movimento que reflete o forte impacto da inflação para as menores rendas, como custos de aluguel e alimentos, que têm maior participação nas despesas essenciais dessas famílias", diz a especialista.
No entanto, a percepção de renda atual melhorou assim como o nível da intenção de consumo, mas a expectativa futura está em 3,9% menor que em janeiro que, na análise do IPF, pode refletir a pressão do aumento do custos de vida da população, além do fato de que muitas famílias orientam seus orçamentos para gastos mais pesados de início de ano, como IPTU, IPVA, matrículas e materiais escolares.