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Economia

Mesmo com novo modelo na BR-163, sindicato teme aumento de 10% no frete

Setlog deixa claro que não compactua com o aditamento do contrato e aumento no valor do pedágio em três anos

Por Izabela Cavalcanti e Aline dos Santos | 17/12/2024 09:48
Presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística de Mato Grosso do Sul, Cláudio Cavol (Foto: Marcos Maluf)
Presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística de Mato Grosso do Sul, Cláudio Cavol (Foto: Marcos Maluf)

A Setlog (Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística de Mato Grosso do Sul) teme aumento de 7% a 10% no preço do frete, com o novo modelo do projeto da BR-163.

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O Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística de Mato Grosso do Sul expressou preocupação com um possível aumento de 7% a 10% no preço do frete devido a um novo modelo do projeto da BR-163, que será discutido em audiência pública pela ANTT. O presidente do sindicato, Cláudio Cavol, destacou a necessidade de melhorias na duplicação da rodovia, especialmente em trechos perigosos, e criticou a proposta de aditamento do contrato que poderia dobrar o pedágio em três anos. O plano de repactuação inclui a duplicação de mais 200 km e a construção de uma terceira pista, com a expectativa de que 70% das obras sejam concluídas em três anos.

Nesta terça-feira (17), a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestre) realiza audiência pública sobre a repactuação da rodovia.

“O frete pode subir de 7% a 10%, a depender da mercadoria. Soja, por exemplo, ficaria nos 10%. Queremos que aumente a duplicação e, principalmente, que atenda os pontos mais perigosos, Rio Verde, Coxim, região de serra, a lentidão também desgasta o caminhão”, pontuou o presidente do sindicato, Cláudio Cavol.

Além disso, o sindicato deixa claro que não compactua com o aditamento do contrato dando mais 30 anos, com a possibilidade de dobrar o pedágio em três anos.

Até 2028, o valor por 100 km em pista simples passará de R$ 7,52 para R$ 15,13, em etapas anuais. Em 2025, o custo será de R$ 10,60, subindo para R$ 12,60 no ano seguinte, até alcançar a tarifa final.

“A CCR recolhe em um mês, de 970 mil a 1 milhão de pedágio. Desde 2015 já são 4 bilhões e a gente não vê retorno. Eles colocam câmeras de fiscalização, mas a duplicação é mais importante [...] mais uma vez, a CCR fazendo um bom negócio”, ironizou.

Entenda - A BR-163 tem 860 km de extensão e passará por uma revisão do modelo econômico-financeiro e do programa de exploração da rodovia, buscando melhorias na infraestrutura e na mobilidade. O plano de repactuação aprovado pelo TCU (Tribunal de Contas da União) prevê intervenções pontuais de duplicação em trechos estratégicos.

Deste total de extensão, 200 km já estão duplicados. Com o novo modelo, estão previstos mais 200 km de duplicação e mais 198 quilômetros de terceira pista, que devem ser realizados, pelo menos, 70% em 3 anos.

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