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Economia

Ministro defende menos impostos para impulsionar micro empresas

Liana Feitosa | 24/06/2015 12:43
Para ministro Guilherme Afif Domingos, empresário precisa perder medo de faturar mais para sair da informalidade. (Foto: Marcos Ermínio)
Para ministro Guilherme Afif Domingos, empresário precisa perder medo de faturar mais para sair da informalidade. (Foto: Marcos Ermínio)

"Quando todos pagam menos impostos, os governos arrecadam mais", afirmou o ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos, que veio a Campo Grande para falar sobre o Projeto de Lei Crescer Sem Medo.

O projeto pretende mudar as regras do Simples Nacional e, assim, ampliar a faixa de faturamento das micro e pequenas empresas do país. Em entrevista na manhã desta quarta-feira (24), explicou a importância do ajuste para estimular o crescimento da economia.

Sem medo - "Buscamos a ampliação a faixa de faturamento das empresas do Supersimples dos atuais R$ 3,6 milhões anuais para R$ 7,2 milhões. À medida que você incentiva a empresa a crescer, quando o empresário perde esse medo de faturar mais, ele vem pra formalidade. Escreva: quando todos pagam menos, os governos arrecadam mais", garante o ministro.

Isso acontece porque, as empresas que pertencem ao Simples Nacional, faturam até R$ 3,6 milhões no ano e, por isso, recolhem uma quantia específica de impostos. A partir do momento que essas empresas apresentam faturamento superior, são cobrados impostos a mais pelo faturamento excedente, o que inviabiliza o crescimento do negócio.

"Tem empresário que, quando chega o meio do mês, liga para o contador e fala ele parar de emitir nota fiscal para não mudar de faixa (de arrecadação de impostos). Isso é uma informalidade", explica.

Negócio local - Segundo Afif, um dos caminhos para o desenvolvimento dos micro e pequenos negócios é apostar no agronegócio. "O agronegócio é o carro chefe do Brasil, exemplo disso é o Mato Grosso do Sul, que apresenta crescimento extraordinário. Mas aprendi na minha escola, que é a (Rua) 25 de Março (em São Paulo), que quando chove na cabeceira, não sobra mercadoria na prateleira", analisa.

João Carlos Polidoro, presidente da ACICG, destava importância das mudanças para aquecer economia local. (Foto: Marcos Ermínio)
João Carlos Polidoro, presidente da ACICG, destava importância das mudanças para aquecer economia local. (Foto: Marcos Ermínio)

"Quando a agricultura vai bem, o comércio vai bem. E quando o comércio vende, não tem desemprego na indústria", finaliza.

MS - Para João Carlos Polidoro, presidente da ACICG (Associação Comercial e Empresarial de Campo Grande), a mudança, se aprovada, será uma resposta positiva ao atual momento de estagnação econômica do Brasil.

"Em Mato Grosso do Sul, temos cerca de 178 mil empresas, a maioria delas são micro ou pequenas empresas. Por isso, a partir do momento que for ampliada a faixa de faturamento delas, teremos um resultado muito positivo no Estado a curto prazo", compartilha Polidoro.

Ou seja, o problema não é crescer, mas, sim, pagar impostos insustentáveis. Para Polidoro, a resposta à crise é oferecer oportunidade de crescimento. "Na crise, as pessoas saem da zona de conforto e criam novas maneiras de conquistar o consumidor", pontua.

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