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Economia

MS quer aproveitar acordo do gás para garantir funcionamento de termelétrica

Paulo Nonato de Souza | 05/12/2017 14:29
Os governadores do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, do Mato Grosso, Pedro Taques, de Rondônia, Confúcio Moura, e do Acre, Tião Viana, com o presidente da Bolívia, Evo Morales, nesta terça-feira em Brasília (Foto: Divulgação)
Os governadores do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, do Mato Grosso, Pedro Taques, de Rondônia, Confúcio Moura, e do Acre, Tião Viana, com o presidente da Bolívia, Evo Morales, nesta terça-feira em Brasília (Foto: Divulgação)

O Governo de Mato Grosso do Sul pretende aproveitar as negociações com a Bolívia sobre a ampliação do volume de importação do gás natural, dos atuais 600 mil metros cúbicos/dia para dois milhões de metros cúbicos/dia, e garantir o abastecimento da Usina Termelétrica, a UTE fronteira, na divisa dos municípios de Corumbá e Ladário.

“No caso de Mato Grosso do Sul, queremos potencializar o gás natural, especificamente na região de Corumbá, assegurando o fornecimento de gás natural para o funcionamento da UTE fronteira”, diz o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Jaime Verruck, em nota distribuída pelo Governo do Estado, após encontro do governador Reinaldo Azambuja com o presidente da Bolívia, Evo Moralaes, nesta terça-feira (5) em Brasília.

Segundo Jaime Verruck, a negociação de Mato Grosso do Sul com o Governo da Bolívia busca a possibilidade de fornecimento de gás natural para outras empresas e terceiros.

É que o Governo do Estado considera primordial que a MSGás continue com a possibilidade de ofertar gás dentro da política de atração de investimentos com preço competitivo. Hoje, o valor cobrado pelo gás é o mesmo em todos os estados brasileiros.

O fornecimento do gás natural diretamente pela MSGás à termelétrica de Ladário, além de viabilizar o projeto de R$ 900 milhões do grupo baiano GPE (Global Participações em Energia), beneficia ainda o Estado quanto ao uso do ramal de gás natural, de 40 km, construído na década de 1990 entre a fronteira e Corumbá para abastecer a usina do antigo grupo MMX, que não entrou em operação por falta de licença.

“O Estado investiu R$ 60 milhões na implantação desse ramal e precisa dar uma solução, não apenas comercial, pois hoje temos um custo de R$ 1 milhão/ano na sua manutenção”, afirma o presidente da MSGás, Rudel Trindade. Ele disse ainda que a termelétrica de Corumbá/Ladário apenas aguarda o acordo para compra direta do gás natural para participar de leilões de venda de energia.

Além de Reinaldo Azambuja, os governadores dos outros três estados que fazem fronteira com a Bolívia também estiveram no encontro com Evo Morales em busca do acordo com o governo boliviano: Mato Grosso, Pedro Taques, de Rondônia, Confúcio Moura, e do Acre, Tião Viana.

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