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Economia

MS tem 7 municípios entre principais produtores de bovinos do País

Corumbá, Ribas do Rio Pardo, Aquidauana, Porto Murtinho, Santa Rita do Pardo, Rio Verde e Campo Grande aparecem na lista

Gabriel Neris | 25/10/2019 16:39
Retirada de rebanho bovino da área alagada no Pantanal (Foto: Edemir Rodrigues/Segov)
Retirada de rebanho bovino da área alagada no Pantanal (Foto: Edemir Rodrigues/Segov)

Sete municípios de Mato Grosso do Sul aparecem na lista de principais produtores de bovinos do Brasil, de acordo com as informações do Censo Agropecuário 2017, divulgado nesta sexta-feira (25) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Corumbá aparece em 1º lugar com 1.927.002 cabeças. Ribas do Rio Pardo é o 3º maior do País com 1.085.497. A lista tem ainda Aquidauana (794.825) em 6º, Porto Murtinho (647.006) em 9º, Santa Rita do Pardo (544.691) em 16º, Rio Verde (533.366) e Campo Grande (520.524).

O total de cabeças de gado apresentou redução de 5,5% em comparação com o Censo Agropecuário 2006. O efetivo de bovinos em 2017 foi de 19,4 milhões de cabeças, o terceiro maior rebanho do Brasil, atrás de Mato Grosso e Minas Gerais.

O levantamento traz também os números de cabeças, por espécie, da pecuária no Estado, como galinhas, galos, frangos e pintos (28.252.765), suínos (1.401.034), ovinos (271.326), equinos (222.835), patos, gansos, marrecos, perdizes e faisões (39.465), muares (27.014), caprinos (26.698), bubalinos (10.033), codornas (6.968), avestruzes (5.271), perus (5.012), asininos (2.109), e coelhos (1.897).

Mato Grosso do Sul registrou aumento de 0,9% de área total ocupada pelos estabelecimentos agropecuários em 11 anos. Foram registrados 71.164 estabelecimentos que ocupam área de 30.549.179 hectares, o terceiro maior número do Brasil se comparada à área total, atrás apenas de Mato Grosso e de Minas Gerais.

Entre 2006 e 2017, o número de estabelecimentos em Mato Grosso do Sul apresentou aumento de 9,7%, 8º pior desempenho entre os Estados. Todo estabelecimento agropecuário tem como objetivo a produção, seja para venda ou subsistência.

A série histórica de estabelecimentos agropecuários registrou 49.423 em 1995, 64.864 em 2006 e os 71.164 de 2017.

Foto: Reprodução/IBGE
Foto: Reprodução/IBGE

A comparação da série histórica também apresenta variação no número de postos de trabalho no campo. Entretanto, o número de tratores manteve ritmo crescente. Mas levando em consideração somente os censos de 2006 a 2017, o Estado teve aumento nos dois casos (confira o quadro ao lado).

A proporção de estabelecimentos que declararam terras próprias caiu de 75,3% para 69,8% nestes 11 anos. A participação da área de terras próprias também diminuiu de 92,6% apara 83,3%. Já a proporção do número de terras arrendadas aumentou de 6,5% para 8,6%, enquanto a participação em área de modalidade passou 5,2% para 11,5%.

O Censo 2017 também apresentou o total de estabelecimentos com mulheres a frente, passando de 10,5% para 19,1% (13.638 pessoas), enquanto os homens passaram de 89,5% para 79,8% (56.832).

Em relação à idade, houve redução na participação dos grupos de menores de 25 anos (2,3% para 1,3%), de 25 a menos de 35 anos (11,5% para 6,7%), de 35 a menos de 45 (22,6% para 15,6%), e de 45 a menos de 55 (26,5% para 24,2%). Já os grupos mais velhos foram na contramão: de 55 a menos de 65 anos (20,9% para 26,6%) e de 65 ou amis (15,9% para 25,4%).

O Censo Agropecuário 2017 também pesquisou se o produtor utilizou agrotóxicos no período em questão. Segundo o levantamento, 15.547 produtores utilizaram defensivos agrícolas, um crescimento de 36,3% em relação a 2017, quando 11.403 declararam ter usado (confira o quadro ao lado). O Estado tem o 8º maior percentual de produtos que declararam não utilizar agrotóxico.

Sobre o uso da terra nos estabelecimentos agropecuários para lavoura, entre 2006 e 2017, houve crescimento, passando dos 7,4% para 11,8% do total. No entanto, as áreas de pastagem plantada caíram de 49% para 44,2%, e das pastagens naturais, de 20,5% para 16,1%. A quantidade de hectares destinados a matas naturais saltou de 19,9% para 21,9%.

Foto: Reprodução/IBGE
Foto: Reprodução/IBGE

O Censo Agropecuário também aponta que Mato Grosso do Sul é o 3º maior produtos de eucalipto do País com 1.161.356 pés. Cana-de-açúcar e milhos são as principais culturas do Estado (confira ao lado).

Mato Grosso do Sul fechou o ano de 2017 apresentando 43.223 estabelecimentos classificados como agricultura familiar, o que representam 60,7% do total. Em 2006 eram 40.254. Em relação à área ocupada, os estabelecimentos da agricultura familiar ocupavam área de 1,2 milhão de hectares, 3,9% do total. 

A principal atividade econômica é a criação de bovinos com 26.473 estabelecimentos com área de 904.375 hectares, seguida por soja, com 3.037 estabelecimentos e 150.877 hectares.

O acesso à internet dos estabelecimentos agropecuários do Estado saltou 1.300% entre 2006 e 2017. Dos 71.164 estabelecimentos, 24.890 tinham acesso à internet, 34,9% do total. Em 2006, eram somente 3,3%. 

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