MS tem 7 municípios entre principais produtores de bovinos do País
Corumbá, Ribas do Rio Pardo, Aquidauana, Porto Murtinho, Santa Rita do Pardo, Rio Verde e Campo Grande aparecem na lista
Sete municípios de Mato Grosso do Sul aparecem na lista de principais produtores de bovinos do Brasil, de acordo com as informações do Censo Agropecuário 2017, divulgado nesta sexta-feira (25) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Corumbá aparece em 1º lugar com 1.927.002 cabeças. Ribas do Rio Pardo é o 3º maior do País com 1.085.497. A lista tem ainda Aquidauana (794.825) em 6º, Porto Murtinho (647.006) em 9º, Santa Rita do Pardo (544.691) em 16º, Rio Verde (533.366) e Campo Grande (520.524).
O total de cabeças de gado apresentou redução de 5,5% em comparação com o Censo Agropecuário 2006. O efetivo de bovinos em 2017 foi de 19,4 milhões de cabeças, o terceiro maior rebanho do Brasil, atrás de Mato Grosso e Minas Gerais.
O levantamento traz também os números de cabeças, por espécie, da pecuária no Estado, como galinhas, galos, frangos e pintos (28.252.765), suínos (1.401.034), ovinos (271.326), equinos (222.835), patos, gansos, marrecos, perdizes e faisões (39.465), muares (27.014), caprinos (26.698), bubalinos (10.033), codornas (6.968), avestruzes (5.271), perus (5.012), asininos (2.109), e coelhos (1.897).
Mato Grosso do Sul registrou aumento de 0,9% de área total ocupada pelos estabelecimentos agropecuários em 11 anos. Foram registrados 71.164 estabelecimentos que ocupam área de 30.549.179 hectares, o terceiro maior número do Brasil se comparada à área total, atrás apenas de Mato Grosso e de Minas Gerais.
Entre 2006 e 2017, o número de estabelecimentos em Mato Grosso do Sul apresentou aumento de 9,7%, 8º pior desempenho entre os Estados. Todo estabelecimento agropecuário tem como objetivo a produção, seja para venda ou subsistência.
A série histórica de estabelecimentos agropecuários registrou 49.423 em 1995, 64.864 em 2006 e os 71.164 de 2017.
A comparação da série histórica também apresenta variação no número de postos de trabalho no campo. Entretanto, o número de tratores manteve ritmo crescente. Mas levando em consideração somente os censos de 2006 a 2017, o Estado teve aumento nos dois casos (confira o quadro ao lado).
A proporção de estabelecimentos que declararam terras próprias caiu de 75,3% para 69,8% nestes 11 anos. A participação da área de terras próprias também diminuiu de 92,6% apara 83,3%. Já a proporção do número de terras arrendadas aumentou de 6,5% para 8,6%, enquanto a participação em área de modalidade passou 5,2% para 11,5%.
O Censo 2017 também apresentou o total de estabelecimentos com mulheres a frente, passando de 10,5% para 19,1% (13.638 pessoas), enquanto os homens passaram de 89,5% para 79,8% (56.832).
Em relação à idade, houve redução na participação dos grupos de menores de 25 anos (2,3% para 1,3%), de 25 a menos de 35 anos (11,5% para 6,7%), de 35 a menos de 45 (22,6% para 15,6%), e de 45 a menos de 55 (26,5% para 24,2%). Já os grupos mais velhos foram na contramão: de 55 a menos de 65 anos (20,9% para 26,6%) e de 65 ou amis (15,9% para 25,4%).
O Censo Agropecuário 2017 também pesquisou se o produtor utilizou agrotóxicos no período em questão. Segundo o levantamento, 15.547 produtores utilizaram defensivos agrícolas, um crescimento de 36,3% em relação a 2017, quando 11.403 declararam ter usado (confira o quadro ao lado). O Estado tem o 8º maior percentual de produtos que declararam não utilizar agrotóxico.
Sobre o uso da terra nos estabelecimentos agropecuários para lavoura, entre 2006 e 2017, houve crescimento, passando dos 7,4% para 11,8% do total. No entanto, as áreas de pastagem plantada caíram de 49% para 44,2%, e das pastagens naturais, de 20,5% para 16,1%. A quantidade de hectares destinados a matas naturais saltou de 19,9% para 21,9%.
O Censo Agropecuário também aponta que Mato Grosso do Sul é o 3º maior produtos de eucalipto do País com 1.161.356 pés. Cana-de-açúcar e milhos são as principais culturas do Estado (confira ao lado).
Mato Grosso do Sul fechou o ano de 2017 apresentando 43.223 estabelecimentos classificados como agricultura familiar, o que representam 60,7% do total. Em 2006 eram 40.254. Em relação à área ocupada, os estabelecimentos da agricultura familiar ocupavam área de 1,2 milhão de hectares, 3,9% do total.
A principal atividade econômica é a criação de bovinos com 26.473 estabelecimentos com área de 904.375 hectares, seguida por soja, com 3.037 estabelecimentos e 150.877 hectares.
O acesso à internet dos estabelecimentos agropecuários do Estado saltou 1.300% entre 2006 e 2017. Dos 71.164 estabelecimentos, 24.890 tinham acesso à internet, 34,9% do total. Em 2006, eram somente 3,3%.