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Economia

MST faz protesto por assentamento e paralisa BR-163 próximo a Anhanduí

Leonardo Rocha | 21/06/2013 07:40

O MST (Movimento Sem Terra) está realizando protesto desde as 6h na BR-163 próximo ao distrito de Anhanduí. Eles fecharam a via e já geraram um congestionamento de 12 km no local. De acordo com informações apuradas pela reportagem, a manifestação irá se estender por toda manhã em função do atraso da entrega do assentamento na fazenda Nazaré e da falta de infraestrutura disponível para o local.

De acordo com a coordenadora do MST, Tiliana Bruneto, aproximadamente 97 famílias estão no local e esperam que o Incra/MS (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) finalize o processo de assentamento na fazenda Nazaré. “Já foi confirmado à desapropriação, o recurso já está disponível, mas a questão ainda está parada, esta manifestação tem o objetivo de pressionar o poder público”, destacou ela.

Bruneto ainda destacou que os assentados solicitam infraestrutura no local, pois segundo ela, os manifestantes ficam deixados sem condições nos assentamentos. “Estas questões são essências para que as famílias possam permanecer no local”, explicou. Os manifestantes também aproveitam para reivindicar ao governo federal que este “priorize” as questões essências do país e deixe de disponibilizar recursos para grandes eventos.

Histórico – No dia 7 de julho o Incra/MS (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) protocolou nesta tarde, ação de desapropriação de área de 2,4 mil hectares, após três anos sem poder realizar reforma agrária em Mato Grosso do Sul. A entidade estava suspensa de atuar desde os escândalos da Operação Telos, da Polícia Federal, realizados em 2009, que desarticulou um esquema de compra e venda de terras que seriam voltadas a reforma agrária.

A primeira ação será na fazenda Nazaré, localizada em Sidrolândia, ela irá comportar 187 famílias, em uma área de 24 mil hectares. O proprietário, o ex-secretário estadual que atuou na gestão de Wilson Barbosa Martins, Plínio Rocha, aceitou a proposta da entidade e não vai recorrer da decisão. O ex-secretário irá receber R$ 16,4 milhões pela área.

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