Mulheres estudam mais que os homens, mas ainda ganham menos
No estado, 152 mil mulheres dedicaram 15 anos ou mais em suas formações acadêmicas contra 106 mil homens.
As mulheres em Mato Grosso do Sul estão focando menos na família, investindo mais tempo em qualificação e estudam mais que os homens. Isso tem se refletido no mercado de trabalho. Embora elas ainda ganhem 26% menos que eles, estão conseguindo reduzir essa diferença ano após ano.
Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 2017 as mulheres recebiam em média R$ 1.767 por mês, enquanto os homens ganhavam R$ 2.404. Em 2006, esse abismo nos rendimentos entre os sexos era quase o dobro, em torno de 58%.
No estado, 152 mil mulheres dedicaram 15 anos ou mais em suas formações acadêmicas, enquanto 106 mil homens alcançaram esse nível de qualificação.
Proporcionalmente, Mato Grosso do Sul também é terceiro estado brasileiro com mais mulheres lecionando nas faculdades, em torno de 50,2%. Trabalham nessa área 2.985 professoras contra 2.963 homens, perdendo apenas para Piauí (51,4%) e Bahia (50,8%).
Isso se deve, entre vários fatores, ao fato de que elas estão tendo menos filhos. A taxa de fecundidade vem despencando ano após ano. Em 2016, conforme os dados mais recentes disponibilizados pelo instituto, houve 65,5 nascimentos para cada mil mulheres entre 15 e 19 anos. Cinco anos antes, o índice era de 77,8 nascimentos nessas mesmas condições.
Em contrapartida, ainda é grande o número de mulheres que não estão trabalhando. Os dados do IBGE não fazem distinção se a desocupação decorre de opção própria ou da falta de oportunidades, mas no quarto trimestre de 2017, 732 mil homens estavam empregados contra 554 mil do sexo feminino.
Nacional – No Brasil, as mulheres trabalham, em média, três horas por semana a mais do que os homens, combinando serviços remunerados, afazeres domésticos e cuidados de pessoas. Mesmo assim, e ainda contando com um nível educacional mais alto, elas ganham, em média, 76,5% do rendimento dos homens, segundo o IBGE.
Elas não apenas ganham menos, mas ainda ocupam posições inferiores apesar do tempo gasto com qualificação. Entre os cargos gerenciais, 37,8% dos cargos gerenciais eram ocupados por mulheres.