Na avenida Costa e Silva, empresário promete "novo Mercadão"
Centro comercial terá alimentação, hortifruti e diversos segmentos, com preços acessíveis ao lojista e à população
Com a promessa de ser um “novo mercadão”, com preços baixos e imagem popular, a Capital terá um novo centro comercial. É o “Jacarezão”, na Avenida Costa e Silva, onde 168 lojas devem oferecer desde alimentação, açougues e hortifrúti até serviços, confecções e farmácias. A ideia é do proprietário José de Alencar Lopes.
“Nós estamos há seis meses fazendo a reforma. Isto hoje é uma tendência no Brasil, os centro de comércio populares, que nem é camelódromo e nem é shopping center, fica no meio termo. Aqui é bem popular, bem organizado, mas simples”, contou.
Lopes explica que 40% do espaço já está locado, e promete um preço popular aos lojistas e clientes. O aluguel sai por, em média, um salário mínimo, e o comerciante pode pagar até R$ 4 mil para ter um espaço ali.
“Não tem nada parecido em Campo Grande por esse valor. Para quem quiser trabalhar, tem uma poupancinha, aposentando, idoso, jovem no primeiro emprego: 'quero vender tereré lá dentro'. É isso mesmo. Com R$ 4 mil ele consegue por aqui, e eu dou pronto”, afirma.
A ideia é resgatar os preços baixos que o mercadão oferecia antigamente. O centro comercial deve ser inaugurado entre setembro e outubro e tem ponto estratégico, próximo do Terminal Morenão e da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul). A ideia, explica o proprietário, é resgatar os preços do mercadão.
“É o que era o mercadão há 30 anos, onde o povão comprava, mas ali virou um ponto turístico e quem tem menos condições já não compra ali porque ficou mais caro. A ideia é suprir isso, onde a pessoa vem aqui e come um pastel por R$1,50 e não paga R$ 8. Compra um shorts jeans aqui por R$ 10. Popularzão, simplão. Não estou usando mercadão porque já é nome tradicional, criei Jacarezão”, comenta.
Conforme explicou, o segmento de alimentação já está quase todo ocupado. O estacionamento também será gratuito. Sobre a crise, Lopes não acredita que as dificuldades do país alterem os rumos do negócio.
“Eu sou idoso. Eu nunca vi o Brasil sem crise, nunca vi. Há 50 anos o Brasil anda três anos bem, anda dois anos pra trás, tem plano verão e tem plano cruzado, cai presidente, ou seja, se alguém for montar alguma coisa e esperar a crise acabar não vai montar. O país estará sempre em crise porque foi assim nos últimos 50 anos. Então não olhei muito pra crise. É acreditar, fazer as continhas”, afirma.