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Economia

No terceiro reajuste do ano, conta de luz fica 3,22% mais cara em MS

Priscilla Peres | 07/04/2015 11:06
Energisa assumiu as concessionárias do Grupo Rede em abril de 2014.(Foto: Alcides Neto)
Energisa assumiu as concessionárias do Grupo Rede em abril de 2014.(Foto: Alcides Neto)

A partir de amanhã (8), consumidores de Mato Grosso do Sul vão pagar 3,22% mais caro pela energia. Esse aumento é referente a revisão anual da concessionária de energia e somado ao reajuste extraordinário de 27,9%, a conta de luz acumula alta de quase 32% neste ano. Isso sem esquecer do das bandeiras tarifárias que já pesam no bolso das famílias.

O reajuste anual foi definido na manhã de hoje durante a 11ª Reunião Pública Ordinária da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). O efeito médio a ser sentido pelos consumidores será de 3,22%, sendo 3,64% para alta tensão e 3,02% para baixa tensão.

A Energisa que assumiu o controle da distribuidora do Estado em abril do ano passado atende cerca de 942 mil unidades consumidoras, cujo consumo de energia elétrica representa faturamento anual da ordem de R$ 1,56 bilhão. Também está presente em 75 dos 79 municípios.

Na reunião da Aneel deste ano, a Energisa também informou que a razão social da sociedade foi alterada para Energisa Mato Grosso do Sul – Distribuidora de Energia S.A. – SEM, ao invés de Empresa Energética do Mato Grosso do Sul S.A. – Enersul.

No ano passado, as tarifas foram, em média, reposicionadas em 14,24%, com 11,58% referentes ao reposicionamento tarifário econômico e 2,66% relativos aos componentes financeiros pertinentes.

O reajuste anual aprovado para MS é o mais baixos dos autoridades até o momento. Os consumidores de Minas Gerais atendidos pela Cemig Distribuição S/A, terão aumento médio de 7,07%, em São Pauloa da Companhia Paulista de Força e Luz, é de 4,67% e no Rio de Janeiro passa dos 42%.

Diretor-presidente da Energisa, Marcelo Silveira da Rocha, participou de reunião em MS no mês passado.(Foto: Marcos Ermínio)
Diretor-presidente da Energisa, Marcelo Silveira da Rocha, participou de reunião em MS no mês passado.(Foto: Marcos Ermínio)

Repercussão - O deputado estadual Marquinhos Trad (PMDB) fez uso da palavra durante a reunião, onde fez várias acusações tanto ao Grupo Rede quanto a Energisa, afirmando que existem desvios na administração e por isso é preciso que haja investigação. Na semana passada, a Assembleia Legislativa de MS criou a CPI da Enersul, para analisar fraudes na empresa.

Em resposta, o representante Energisa presente na reunião, Alexandre Nogueira, ressaltou que a empresa é uma concessionaria do setor há 110 anos, com eficiência e prova disso é a Energisa Paraíba, melhor da região Nordeste. "E garantimos isso à Enersul nos próximos anos".

Ao calcular o reajuste, a Aneel considera a variação de custos que a empresa teve no ano. O cálculo inclui custos típicos da atividade de distribuição, sobre os quais incide o IGP-M, e outros custos que não acompanham necessariamente o índice inflacionário, como energia comprada, encargos de transmissão e encargos setoriais.

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