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Economia

Aneel aprova reajuste de 83% nas bandeiras e conta de luz fica mais cara

Priscilla Peres | 06/02/2015 10:14
A partir de março consumidor vai sentir no bolso mais um aumento. (Foto: Alcides Neto)
A partir de março consumidor vai sentir no bolso mais um aumento. (Foto: Alcides Neto)

A partir de 1° de março os consumidores vão pagar mais pela energia quando estiver no período crítico de geração, ou seja, na bandeira vermelha. Hoje é pago R$ 3 a cada 100 kwh consumido, mas a partir do mês que vêm esse valor passará para R$ 5,50, aumento de 83%.

A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) aprovou hoje o aumento nos valores das bandeiras tarifárias, mas vai submetê-los em audiência pública ainda esse mês. Para a bandeira amarela o reajuste foi de 67%, passando dos atuais R$ 1,50 por 100 kwh para R$ 2,50.

Os percentuais ficaram bem acima do que havia previsto o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, que acreditava em 50% de aumento. Porém, a Aneel afirmou hoje que a proposta não envolve aumento de custos, mas uma forma de cobrança mais eficiente.

O diretor-geral da ANEEL, Romeu Rufino, disse que “as bandeiras não são a criação de um novo custo, mas uma forma de alocação que apenas direciona a parte variável dos custos da energia elétrica. Como o sistema é dinâmico, as bandeiras refletem instantaneamente a variação desses valores nas cores verde, amarela e vermelha, para facilitar o entendimento dos consumidores”.

Segundo o relator do processo, Diretor Tiago de Barros, os custos já existem e decorrem do período de seca. Nossa proposta visa somente uma forma mais eficiente de coberturas desses valores, que passariam a ser incluídos nas bandeiras. “O importante é que uma resposta consciente dos consumidores a esse sinal de preço mais realista pode reduzir a pressão da demanda sobre o setor e levar à retirada das bandeiras vermelhas”, explicou.

Bandeiras - A Aneel informou ainda que prepara uma ampla campanha de divulgação do sistema de bandeiras tarifárias, a ser feito pelas distribuidoras a fim de esclarecer os consumidores e estimular o uso consciente da energia elétrica.

Como os níveis dos reservatórios das usinas hidrelétricas estão baixos, foram acionadas termelétricas, que produzem energia a custo bem mais alto. Por isso, são definidos pelo Governo os períodos em que o preço do kilowatt será cobrado em bandeira verde, amarela ou vermelha e a informação vem na fatura.

Por enquanto, sem o reajuste previsto no decreto, quando a bandeira for amarela, será cobrado R$ 1,50 a cada 100 KWh, além do valor total da conta. A bandeira verde, que não aumenta a fatura, valerá quando o país estiver produzindo energia com custo mais baixo.

Em 2014, quando o sistema de cobrança adicional ainda não estava em vigor, mas já era informado na fatura, foram dez meses em bandeira vermelha e apenas dois em bandeira amarela, segundo o Concen. Na estimativa do Governo Federal, conforme divulgado pelo Valor, a cor será a vermelha durante todo o ano.

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