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Economia

Para dividir contas, quantidade de pessoas morando com idosos aumentou

Conforme pesquisa da FGV Social, em 2012, a taxa ficou em 15,08%, e em 2022 passou para 17,59%

Por Izabela Cavalcanti | 15/09/2023 12:42
Idoso, de bengala, caminhando na Rua 14 de Julho, em Campo Grande (Foto: Marcos Maluf)
Idoso, de bengala, caminhando na Rua 14 de Julho, em Campo Grande (Foto: Marcos Maluf)

Em Mato Grosso do Sul, 17,59% pessoas moram com idosos com mais de 65 anos. O percentual representa 484,9 mil sul-mato-grossenses da população total de 2,7 milhões. Os dados são de levantamento feito pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) Social, com dados da Pnad Contínua Anual.

No período de 10 anos, a taxa em Mato Grosso do Sul oscilou, atingindo o maior patamar em 2020, quando chegou a 18,15%. Em 2012, foi 15,08% e em 2015, 18,08%, por exemplo.

Em relação à renda, a nível nacional, a classe C representa o maior percentual de pessoas morando com idosos (25,04%) e a classe AB apresentou percentual de 24,97%, no ano passado.

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Motivos - Mesmo que a pesquisa não especifique a idade dos que moram com os idosos, o cenário pode estar atrelado à divisão de contas dos jovens e também cuidados com idosos.

Segundo o economista Marcio Coutinho, a situação ocorre devido à renda. “Os jovens não estão tendo condições financeiras de se manter sozinhos, então, o problema é renda e, consequentemente, significa que algumas despesas que teria, não vai ter mais. Existe uma falta de dinheiro para esse jovem se manter e esses jovens não estão muito preocupados na qualificação para que ele consiga obter uma renda maior”, destacou.

Na visão do economista Enrique Duarte, além da renda, também existe quem opta por ainda viver com os responsáveis, que já são idosos.

“Tem vários motivos, alguns por própria opção. Este grupo, a princípio, não precisaria continuar morando com os pais, mas o fazem por opção. Tem também o outro lado, que por falta de opção continuam ainda sob a tutela dessas pessoas idosas, estas não dispõem de renda para terem autonomia de viver sem a dependência dos pais, avôs”, pontuou.

A jornalista Rafaela Flôr, de 25 anos, é um exemplo de quem mora com o pai e com a mãe, que tem 64 e 65 anos, respectivamente.

“Moro com eles porque sair de casa é muito caro, não tenho estabilidade financeira que sustente morar sozinha. Minha relação com eles é muito boa, não temos conflitos”, disse.

Ainda de acordo com Rafaela, a relação com os pais é boa, e fica sob sua responsabilidade pagar apenas a internet e suas contas pessoais.

“Considero que são pontos positivos estar sempre presente para o que eles precisarem, mantenho minha independência mesmo que ainda more e dependa um pouco financeiramente deles”, completou.

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