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Economia

Para evitar erros de 2012, órgãos criam força-tarefa para monitorar Black Friday

Zana Zaidan | 28/11/2013 16:17
No site oficial da Black Friday, contagem regressiva para dia dos descontos (Foto: Reprodução)
No site oficial da Black Friday, contagem regressiva para dia dos descontos (Foto: Reprodução)

Em sua 4ª edição, a Black Friday começa a partir da meia-noite com os superdescontos como principal atrativo. A experiência dos três anos anteriores – quando muita gente saiu insatisfeita e os slogans “Black Fraude” e “A metade do dobro” colocaram em xeque a credibilidade do evento - serviu para que as lojas participantes não repitam os preços inflados e problemas logísticos, asseguram os órgãos de defesa do consumidor. Ainda assim, foi criada uma “força-tarefa” para garantir que os descontos sejam reais, além de uma série de orientações para que a compra seja um bom negócio.

Procons, Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico e Reclame Aqui (site especializado em reclamações sobre empresas) vão monitorar as compras ao longo do dia. As redes sociais, por exemplo, serão aliadas no recebimento de denúncias. Se forem constatadas práticas lesivas ao consumidor, as lojas receberão punições, que variam de multa a suspensão do Black Friday em 2014.

“Nossa Fanpage terá um canal para reclamações. Vamos mediar o contato do comprador com as empresas que aderiram à iniciativa em até 1 hora. É uma forma de encurtar o caminho para que a queixa chegue até a empresa e a compra possa ser concluída nas 24 horas de ofertas”, exemplifica o diretor de Operações do Reclame Aqui, Diego Campos.

Dicas de Segurança - Como a maior parte das lojas participantes é on-line, a cautela deve ser redobrada. A primeira recomendação do Procon/MS são os cuidados com a certificação do site. “Prefira lojas de grandes redes do varejo, já conhecidas no mercado. Caso o produto desejado só esteja disponível em outros sites, coloque o nome do Google para conhecer a reputação da empresa”, sugere o superintendente do órgão, Alexandre Rezende.

Depois disso, procure no site os dados da loja - razão social, CNPJ, endereço e canais de contato. “É o básico. Se acontecer algum problema com a compra, estas serão as primeiras informações necessárias para reclamar. Descarte imediatamente a compra se esses dados forem omitidos”, alerta. “Desconfie dos sites que divulgam como contato um número de celular”, acrescenta o superintendente.

Outras recomendações básicas são a instalação de anti-vírus (para evitar roubo de senhas de cartões ou outros dados) e não fazer as transações em computadores públicos, como em lanhouses.

Problemas – Na edição do ano passado da Black Friday, as empresas que mais apresentaram problemas aos consumidores foram o site Submarino (407), a loja virtual da Americanas (402), seguida da Zuba Megalojas (domínio que hoje já não existe, devido às sucessivas queixas), com 194, segundo o Reclame Aqui. Foram 8 mil queixas sobre 187 empresas, 30 delas, lojas físicas.

As queixas dos consumidores em relação à Black Friday são, principalmente, em relação à propaganda enganosa (47% das queixas), site lento ou fora do ar (28%), dificuldades para concluir a compra (19%) e 6% referentes a outros tipos de problemas. O levantamento é do site Reclame Aqui sobre a edição de 2012.

Direitos do consumidor – O superintendente do Procon/MS destaca que, apesar de se tratar de uma data especial de promoções, os direitos assegurados ao consumidor são os mesmos. “Se a empresa prometeu determinado desconto, deve cumprir conforme o anunciado”, aponta.

O Código de Defesa do Consumidor estabelece que o prazo de entrega de mercadorias seja informado na nota fiscal ou recibo, que se não for cumprido, cabe denúncia ao Procon. Caso o produto chegue com defeito, são 30 dias para reclamações no caso dos não duráveis e 90 dias para itens duráveis.

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