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Economia

Para fazer negócio, feirão oferece 4 mil imóveis a partir de R$ 80 mil

Liana Feitosa | 12/06/2015 12:56
Autoridades participam de abertura do feirão, que acontece no estacionamento do shopping Campo Grande. (Foto: Liana Feitosa)
Autoridades participam de abertura do feirão, que acontece no estacionamento do shopping Campo Grande. (Foto: Liana Feitosa)

"Esse é o feirão do choro. Quem chegar aqui, negociar e chorar por desconto, leva um imóvel", brinca o presidente do Secovi/MS (Sindicato da Habitação de Mato Grosso do Sul), Marcos Augusto Netto. O sindicato promove a partir de hoje (12) até domingo (14) a 12ª edição da Feira de Imóveis e Negócios, no estacionamento do Shopping Campo Grande.

Apesar da "liquidação", que dá descontos de até 15%, Netto garante que o setor imobiliário vive momento estável e as vendas seguem em ritmo normal. "As vendas não estão aquecidas, mas seguem em sua média normal", considera.

Em abril deste ano, a Caixa Econômica Federal anunciou a redução do limite de financiamento para imóveis usados, exigindo do consumidor maior desembolso de dinheiro no pagamento da entrada, além de acesso reduzido ao financiamento das parcelas.

Estável - Apesar das recentes mudanças, o empresário Nelson Benedito, da imobiliária Nova Cap, também não vê crise no setor. "Muitos aspectos da crise que se fala em todo o país não se aplicam a Mato Grosso do Sul", afirma.

"Nos primeiros três meses do ano realmente houve queda nas vendas, mas percebemos que as pessoas continuam casando, procurando casa própria, juntando dinheiro pra comprar imóvel e os jovens continuam sonhando em deixar de morar com os pais", destaca.

Com 15 imobiliárias reunidas, o evento oferece casas e apartamentos prontos, semi-prontos ou na planta cujo investimento vai de R$ 80 mil a R$ 1 milhão. Para o superintendente estadual da Caixa Econômica Federal em Mato Grosso do Sul, Paulo Antunes de Siqueira, o feirão é promovido, também, para desmistificar a crise.

Otimismo - "As pessoas têm falado muito em crise no mercado imobiliário, mas essa não é uma realidade. Temos compradores, temos produtos e temos preços bons, queremos apenas colocar todas essas pessoas no mesmo lugar e mostrar que o financiamento não acabou. Existem recursos para isso", reforça Siqueira.

A edição do ano passado, segundo o superintendente, movimentou cerca de R$ 200 milhões em vendas imobiliárias. A expectativa é que, neste ano, o volume comercializado seja o mesmo ou até ultrapasse a marca.

Casados há 19 anos, Lilian Farias, 37 anos, e Gilmar dos Santos, 39, procuram uma casa com três quartos na região do bairro Coronel Antonino. "Já vimos várias, mas a maioria é quena, geminada, não tem varanda. Queremos pelo menos um espacinho para uma churrasqueira", conta Lilian.

Para o marido dela, além do espaço, o financiamento precisa caber no bolso. "A gente paga a faculdade da filha mais velha e ela sonha com um carro também, então o financiamento não pode pesar no orçamento", avalia Gilmar.

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