Para garantir presente, 70% devem recorrer ao cartão de crédito
Mesmo sem dinheiro no bolso, consumidores da Capital vão recorrer ao cartão de crédito na hora de comprar o presente do Dia dos Namorados. Pesquisa da CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas), aponta que 70% dos entrevistados vão usar o cartão como forma de pagamento.
De acordo com a pesquisa, a opção de pagamento por meio do cartão de crédito cresceu com relação ao ano passado que era de 67%. Em contrapartida, os consumidores que optaram por comprar usando dinheiro (20%), e cheques (10%) diminuiu expressivamente.
Os entrevistados devem gastar com presente em média o mesmo valor que no ano passado, ou seja, R$ 114 a R$ 120. A média entre R$ 80 a R$120 vai representar 25% das vendas; acima de R$ 120 a R$200 outros 25% das vendas e abaixo disso os outros 50% restantes, que são a maioria dos consumidores que compõe a classe C.
Hermas Renan Rodrigues, presidente da CDL, destaca que consumidores da classe A, devem ultrapassar a média de R$ 114 a R$ 120 por presente, devido ao comportamento estável de consumo desse segmento. Ele justifica que esses consumidores não são atingidos pelo atual cenário econômico.
Entre os produtos mais vendidos para a data estão vestuário, calçados, celular, perfumes, joias e bolsas. Este último apresentou crescimento de 48% nessa semana, em relação ao mesmo período do ano passado.
Segundo Hermas, o Dia dos Namorados é considerado um bom fator de estímulo às vendas, porque é uma data que favorece o consumo e têm um apelo emocional forte. Mas ele acrescenta que está cauteloso quanto aos resultados das vendas nessa data em relação à anos anteriores.
"Temos de considerar que houve aumento dos custos para o empresário, daí que acredito em resultado positivo de vendas mas muito abaixo do que o empresário necessita ou do que gostaríamos".
Mesmo com muitos comerciantes reclamando das vendas do ano passado por conta dos jogos da Copa, Hermas acredita que este ano as vendas vão ser menores. De acordo com a pesquisa, a expectativa é de crescimento de 3 a 4%, índice menor se comparado a 2014, que foi de 6%.