Para manter competitividade, preço do GNV pode ser reajustado em setembro
Em junho, repasse do metro cúbico saiu de R$ 4,01 para R$ 3,60
Com o objetivo de manter a competitividade em relação a gasolina e ao etanol, - que têm tido constantes quedas -, o preço do GNV (Gás Natural Veicular) poderá ser reavaliado em setembro. É o que informou a MSGás (Companhia de Gás do Estado de Mato Grosso do Sul) ao Campo Grande News.
“A MSGás informa que a partir de junho do corrente ano, houve uma redução do preço de venda do gás natural (GNV). Com essa iniciativa, o objetivo é manter a competitividade perante aos demais combustíveis. A empresa reforça que o Governo do Estado tem feito todos os esforços para diminuir os impactos dos preços do gás natural no bolso do consumidor e que o preço do produto poderá ser reavaliado em três meses”, destaca em nota enviada.
Ainda conforme a Companhia, a redução ocorreu devido a aplicação de alíquota zero do Pis e Cofins, que refletiu na queda do preço de venda aos postos e aos consumidores.
Conforme portaria publicada em 19 de junho, o metro cúbico do GNV estava sendo fornecido por R$ 3,6099, contra os R$ 4,0197 divulgados em 12 de abril. Neste caso, a redução por cada metro cúbico foi de 10,19%. Nos valores estão inclusos os impostos relativos à operação.
Levantamento feito pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) mostra que o custo médio desse tipo de combustível, em Campo Grande, está sendo vendido por R$ 4,93. Os preços variam de R$ 4,85 a R$ 4,99.
Na visão do titular da Semagro (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), Jaime Verruck, a curto prazo, é difícil reduzir o preço na proporção em que ocorreu no litro da gasolina e do álcool.
“Assim não há mecanismo de curto prazo para redução do preço, depende da política de preços da Petrobras e da ampliação de investimentos na Bolívia para aumentar a oferta. Lembrando que a Companhia de Gás de MS é uma distribuidora. Ela compra da Petrobras e distribui à indústria, comércio e postos de combustíveis”, explica.
Ainda de acordo com Verruck, atualmente, o mercado de GNV, no Brasil, enfrenta falta de oferta, como por exemplo, o gasoduto que tem capacidade de 30 milhões de m³ por dia e opera com 50% da capacidade, “por falta de oferta de gás natural e não por falta de demanda”, finaliza.