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Economia

Preço de alimentos é discutido em reunião e governo promete arroz mais barato

Após discutir o assunto com ministro, presidente Lula garantiu queda de cerca de 20% nas próximas semanas

Por Ângela Kempfer | 14/03/2024 15:06
Pacotes de arroz em prateleira de supermercado em Campo Grande. (Foto: Arquivo Campo Grande News)
Pacotes de arroz em prateleira de supermercado em Campo Grande. (Foto: Arquivo Campo Grande News)

Com o prato cada vez mais pesado no bolso, o brasileiro pode ter uma trégua no preço de alimentos básicos a partir de abril. Reunião nesta quinta-feira em Brasília discutiu a alta descontrolada e uma das promessas é que o arroz deve ficar 20% mais barato na virada do próximo mês.

A previsão é resultado da diminuição de custos ao produtor, que tem de ser repassada para os consumidores.  "O Rio Grande do Sul produz praticamente 85% do arroz consumido no Brasil e tivemos enchentes no Rio Grande do Sul exatamente nas áreas produtoras, o que deu certa instabilidade. O fato é que estamos com a colheita em torno de 10% no Rio Grande do Sul e os preços aos produtores já desceram de R$ 120 para em torno de R$ 100 a saca. O que esperamos é que se transfira essa baixa dos preços, os atacadistas abaixem também na gôndola do supermercado, que é onde as pessoas compram”, avalia o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira.

Desde novembro, a alimentação é parte importante no cálculo da inflação o que, segundo o Governo Federal é resultado de altas temperaturas e o maior volume de chuvas em diferentes regiões.

Por isso, na avaliação do ministro Paulo Teixeira, é algo sazonal. Agora, considerando condições climáticas mais favoráveis, a expectativa é boa. "O governo espera que a baixa de preços seja repassada na mesma medida para os consumidores pelas empresas atacadistas, que fazem a distribuição ao consumidor", reforçou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

Ele lembra que houve uma quebra na produção de feijão de cerca de 3,5%, "mas que deve ser recuperada com o terceiro ciclo de plantio, que está acontecendo agora. O trigo também é uma preocupação pois há um aumento da produção de cevada em substituição ao trigo, principalmente no Paraná, com a instalação de grandes indústrias cervejeiras".

Para o próximo plano safra, uma das ideias apresentadas na reunião de hoje é incentivo a produção de alimentos, para redução de preços, em especial de arroz, feijão, milho, trigo e mandioca.

Algumas das medidas de apoio pode ser crédito fácil, formação de estoques públicos e política de preço mínimo.

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