Preço do boi gordo eleva 7% em outubro e valor da arroba fecha em R$ 136
Na semana passada, entre os dias 19 e 23 de outubro, o boi gordo registrou alta de 7% no preço, média de R$ 136/@, em relação ao mesmo período do ano passado, quando a arroba custava R$ 128,19, em Mato Grosso do Sul.
Isso deve-se a oferta restrita de animais para abate no Estado, segundo o último informativo Casa Rural, elaborado pelo Departamento Econômico do Sistema Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de MS).
Conforme a gestora do Departamento Econômico da Famasul, Adriana Mascarenhas, não há projeção de redução nos valores da arroba do boi gordo a curto prazo. "Além da diminuição na disponibilidade de animais terminados, há uma tendência de aumento na demanda no mercado interno, com a proximidade das festas de final de ano e com a expectativa de recebimento do 13º salário", explica.
As vendas internacionais também apresentam alta de 18% em setembro deste ano, se comparado com agosto, somando 8,9 mil toneladas, quando os embarques atingiram 7,57 mil toneladas.
A receita das exportações de setembro alcançou US$ 40,4 milhões. "O principal fundamento para este incremento nas vendas de setembro em comparação a agosto é o câmbio registrado no período, que tornou a nossa carne mais competitiva no mercado internacional, considerando o real desvalorizado", ressalta.
Ainda segundo Adriana, apesar do incremento, o patamar atual está muito abaixo dos números praticados no ano anterior. "Em relação ao ano anterior, quando o Estado exportou 10,6 mil toneladas de carne bovina, a queda é de 15,4%. Um dos fatores que ocasionou essa redução é crise econômica também vivida por nossos principais compradores, como a Rússia por exemplo, que por ser dependente das vendas de petróleo - cujo valor do barril apresentou queda de mais de 40% no acumulado dos últimos 12 meses - passaram a reduzir as compras de carne bovina", analisa.
O Egito, segundo informações do boletim Casa Rural, foi o principal importador da carne bovina do Estado, com 1,8 mil toneladas, respondendo por 20,3% das vendas do Estado. Em segundo lugar no ranking de compradores ficou a Rússia, com 1,7 mil toneladas e, em seguida, com 1,6 mil toneladas ficou a Venezuela.