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Economia

Produtos de MS enfrentam o desafio de competir com mercadorias de fora do Estado

Motivo pode estar relacionado ao número de indústria e pouca matéria-prima

Izabela Cavalcanti | 22/07/2022 13:56
Consumidor compara preços do pão de forma. (Foto: Izabela Cavalcanti)
Consumidor compara preços do pão de forma. (Foto: Izabela Cavalcanti)

Alguns produtos alimentícios fabricados em Mato Grosso do Sul têm sido vendidos mais caros nas gôndolas dos supermercados, enquanto outros que vêm de fora tem um valor mais em conta ao consumidor. É o que identificou a equipe de reportagem do Campo Grande News, em três grandes redes, comparando algumas mercadorias regionais, como pão, macarrão, trigo e requeijão.

Segundo o presidente da Amas (Associação Sul-mato-grossense de Supermercados), Denyson Prado, o motivo pode estar relacionado a diversos fatores, como número de indústrias reduzidos e pouca matéria-prima.

“Como Mato Grosso do Sul oferece pouca matéria prima, dependendo muito dos produtos de fora, temos um número pequeno de indústrias, prevalecendo as distribuidoras ou algumas empresas que reembalam os produtos a serem comercializados, o que acaba encarecendo o seu custo, apesar de serem vendidos como produtos locais”, destaca.

Prado acredita que existe exceção, e que alguns produtos são praticados com valores mais baixos . “Por outro lado, também temos produtos regionais competitivos, de indústrias locais, que comercializam seus produtos com valores até abaixo dos que os de indústrias de outros estados”, completa.

Em postagem recente nas redes sociais, o titular da Semagro (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), Jaime Verruck, fez um apelo para que o consumo dos produtos regionais seja incentivado pelos sul-mato-grossenses.

Fort – No supermercado Fort Atacadista, da Avenida Gury Marques, o Claramilk (250 gramas) foi encontrado por R$ 4,50. O requeijão Imbaúba (200 gramas) está custando R$ 6,45. Neste caso, a variação é de 43,33%. Os dois são fabricados no Estado.

O macarrão com ovos, Dallas (500 gramas), marca que surgiu em Nova Alvorada do Sul, está sendo vendido por R$ 3,89, ao passo que similar, da marca Liane, de Presidente Prudente, custa R$ 3,25 (500 gramas). Variação de 19,68%. O trigo Primor (Rio Grande do Sul) custa R$ 3,85; e o Dallas R$ 4,89 (27,01%).

No Fort Atacadista, marca "Dallas", criada em MS, é 27% mais cara do que a "Primor", do Rio Grande do Sul. (Foto: Izabela Cavalcanti)
No Fort Atacadista, marca "Dallas", criada em MS, é 27% mais cara do que a "Primor", do Rio Grande do Sul. (Foto: Izabela Cavalcanti)

O pão de forma da marca Fornello (400 g), de Laranjeiras do Sul (PR), está por R$ 5,98; e o da marca Saborzito, de Campo Grande, por R$ 7,59. A diferença é de 26,91% entre uma marca e outra.

Atacadão - Já no Atacadão, da Avenida Costa e Silva, o requeijão Claramilk está por R$ 4,50, e o da marca Imbaúba R$ 6,90. Diferença de 53,33%.

O macarrão Liane (500 gramas) foi encontrado por R$ 3,25 e o da marca Dallas (500 gramas) por R$ 3,59 (10,45%). O trigo Primor custa R$ 3,58 e o Dallas R$ 4,39 (22,63%).

O pão de forma da marca Visconti (400 g), de São Paulo, custa R$ 6,50, enquanto o da Saborzito está por R$ 7,29. Variação de 12,15% para o produto.

Comper – No Comper, da Rua Joaquim Murtinho, a manteiga fabricada em Campo Grande, da marca Cremonatta (200 g), está R$ 10,99, enquanto a Piracanjuba, de Goiás, custa R$ 12,59, e a Imbaúba R$ 12,99. Já o litro do leite Buriti, também produzido na Capital, custa R$ 5,49 e o Imbaúba R$ 5,99 (9,11%).

O macarrão da marca Todeschini, do Paraná, foi encontrado por R$ 3,99, enquanto o Dallas fabricado em Mato Grosso do Sul custa R$ 4,99. A variação de preço é de 25,06%. A farinha de trigo Primor está R$ 3,89 e o Dallas R$ 4,99 (28,28%).

Em relação ao pão de forma, o Visconti está R$ 7,99; o da marca Fornello R$ 8,29; e o Saborzito R$ 8,99. Diferença de 12,52%.

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