Puxada por famílias de maior renda, intenção de consumo estabiliza na Capital
O desempenho foi puxado pelas famílias com mais de 10 salários mínimos e ficou em 97,7% no mês de março
Divulgada nesta terça-feira (29), a pesquisa de ICF (Intenção de Consumo das Famílias) aponta que no mês de março o índice se estabilizou em Campo Grande, ficando em 97,7%. Em fevereiro, o patamar foi de 97,8% e no mês anterior foi de 97,3%.
O levantamento foi feito pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) e mostra que o desempenho foi puxado pela famílias com renda de mais de 10 salários mínimos, que de fevereiro para março, saiu de 108,3 para 113,5 pontos, enquanto as de menor renda recuaram de 95,8 para 94,6.
Além disso, entre os indicadores avaliados, o da renda familiar atual está igual ao do ano passado para 50% dos entrevistados, porém 66,1% acredita que terá alguma melhoria profissional nos próximos seis meses.
“A retomada gradativa da economia em alguns setores e o avanço da vacinação estão impactando positivamente as pessoas que estão mais otimistas com o futuro profissional; em contrapartida, a percepção é de que o consumo da família está menor do que o ano passado (50,7%0) com tendência de que pode ficar menor nos próximos 6 meses (52,8%)”, disse a economista do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio MS, Regiane Dedé de Oliveira.
“Isso reforça a necessidade de ações públicas que diminuam o impacto da inflação que estão elevando os preços de produtos essenciais da cesta básica, combustível, energia e gás. O consumidor sabe que esses aumentos têm forte impacto sobre sua renda, sobre seu poder de consumo, tanto que 67,5% afirmam que não é o momento para aquisição de bens duráveis”, finalizou a economista.
A pesquisa investiga junto as consumidores as avaliações sobre sete itens: Emprego Atual, Perspectiva Profissional, Renda Atual, Facilidade de Compra a Prazo, Nível de Consumo Atual, Perspectiva de Consumo no curto prazo e Oportunidade para compra de bens duráveis.