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Economia

Remédios tiveram as principais altas de custo em maio

Redação | 04/06/2010 09:11

No mês de maio a inflação em Campo Grande foi de 0,25%, bem menor que de abril, de 0,49%, conforme mostra o Índice de Preços ao Consumidor divulgado pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômicas e Sociais da Universidade Anhanguera-Uniderp.

"Os aumentos dos produtos e serviços dos grupos Saúde, Alimentação e Habitação foram os responsáveis pela elevação da inflação em maio", destaca o coordenador do Nepes, professor Celso Correia de Souza.

Apenas o grupo Vestuário apresentou deflação (-0,24%). Os grupos que registraram as quedas mais significativas foram: sapato masculino (-2,72%), vestido (-2,71%), e lingerie (-2,24%).

O aumento médio de 1,52% nos preços de produtos do grupo Saúde foi o que mais contribuiu para a inflação do mês passado. Foram registradas elevações significativas nos itens: antidiabético, com 10,87% de elevação, hipotensor e hipocolesterínico, com 8,75%, e anti-inflamatório e antirreumático, com 5,99%.

Em segundo lugar, aparece o grupo Alimentação, que apresentou uma moderada inflação, de 0,39%. "O índice desse grupo que foi responsável pelo aumento da inflação no início do ano, começou a ceder com a melhoria do clima e o aumento da taxa Selic. Alguns produtos que compõem o grupo Alimentação têm variações significativas, algumas positivas e outras negativas, características da sazonalidade de seus produtos, das condições climáticas e condições de mercado", explicou o professor Celso.

As altas mais expressivas foram: batata (8,93%), cheiro verde (8,17%), mamão (5,27) e presunto (5,07%). No subgrupo carnes, foi registrado aumento no preços de praticamente todos os cortes de carne bovina, sendo os mais significativos: músculo (9,81%), acém (5,80%), filé mignon (5,74%), ponta de peito (5,22%) e alcatra (4,79%). O frango congelado e os miúdos também apresentaram elevação de, respectivamente, 0,86% e 0,80%.

Outro grupo que também contribuiu para a inflação em maio foi Habitação, com índice médio de 0,14% em relação ao mês de abril. As maiores variações positivas de produtos na composição desse índice foram: máquina de lavar roupa, com 8,01%, fogão, com 7,77%, pilha, com 5,74%, saponáceo, com 3,48%. "Ajudaram a segurar o índice do grupo, as ofertas de aparelhos de televisão, em virtude do início da Copa do Mundo de futebol. Registramos queda média de 13,62% nos preços desse eletroeletrônico", aponta o coordenador do Nepes.

Os grupos Transportes, Educação e Despesas Pessoais apresentaram pequenas elevações de 0,08%, 0,05% e 0,02%, respectivamente. No primeiro, porém, há uma tendência de alta, e os principais aumentos ocorreram nos preços do pneu, de 1,20%, da gasolina, de 0,38% e do diesel, de 0,35%, contrabalanceados pela queda no preço do etanol, de 1,57%. No segundo grupo, foi registrado aumento nas mensalidades dos cursos de idiomas, de 3,34% e queda nos preços de artigos de papelaria, de -0,61%. No grupo de Despesas Pessoais, houve uma relativa estabilidade, com altas nos preços de itens como absorvente higiênico (5,34%), protetor solar (5,06%) e hidratante (0,61%); e quedas nos preços de outros itens como papel higiênico (-2,00%), creme dental (-1,96%) e xampu (-1,52%).

Acumulada

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