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Economia

Superstição e tradição do churrasco fazem da carne estrela do Réveillon

Ricardo Campos Jr. | 31/12/2016 16:26
Estoque em açougue da Capital; tradição do churrasco faz vendas aumentarem no último dia do ano (Foto: Alcides Neto)
Estoque em açougue da Capital; tradição do churrasco faz vendas aumentarem no último dia do ano (Foto: Alcides Neto)

A tradição do churrasco, aliada às crenças populares que evitam consumo de aves no Réveillon, aumenta o movimento nos açougues neste sábado (31). Alguns donos de estabelecimentos chegam a calcular incremento de 150% nas vendas no período e reforçaram as equipes de atendimento para dar conta da demanda no último dia de 2016.

É o caso de Marcelo Ikeda, dono da Karnes.com. Ele conta que os clientes têm preferido cortes suínos e bovinos. “Procura expressiva por peru e chester não teve para o Ano Novo. É bem mais comum as pessoas fazerem churrasco”, comenta o empresário.

As vendas no período dobraram e segundo ele os cortes mais procurados têm sido picanha e ponta de costela. “Temos alguns clientes que entram em recesso no fim de ano que compram carne semanalmente. Isso diminui a venda para essas pessoas e aumenta a demanda dos clientes que não vêm todos os dias”

Desde sexta-feira o estabelecimento tem lotado de clientes a procura do insumo para a ceia de fim de ano, o que exigiu mais dos funcionários para manter o bom atendimento. “Nós temos uma equipe que atende e responde à pressão”, explica.

Mas, para conseguir dar conta do recado, Marcelo aposta no autoatendimento. As carnes são cortadas, embaladas frescas e os próprios consumidores que escolhem e já colocam o produto na cesta sem precisar pedir no balcão, exceto se quiserem algum corte especial.

“São poucas casas que vendem corte com qualidade e a pronta entrega. O corte do supermercado, na maioria das vezes não está bem limpo e tem corte que pode ser comercializado em até 60 dias. A gente trabalha com carne fresca e embalada todos os dias. A gente repõe o estoque quase que diariamente e isso é um diferencial”, diz o empresário.

Na MSX Carnes, que trabalha exclusivamente com cortes de gado da raça Brangus, o proprietário Mauro Moraes também comemora o sucesso nas vendas para o Réveillon, que segundo ele geraram aumento de 15% nas vendas.

A empresa tem uma fazenda onde cria os animais cuja carne é vendida no estabelecimento e segundo ele, foi preciso fazer abater extras para dar conta da demanda.

“Ela é considerada uma das melhores carnes e vem das nossas fazendas. Tem todo um diferencial, são cortes diferenciados. É uma boutique de carnes. A gente não esperava esse aumento. Realmente a demanda tinha ficado muito aquém nos meses anteriores em relação à crise. Foi uma grata surpresa”, diz Moraes.

Segundo ele, durante a semana o movimento é praticamente para o consumo diário, enquanto nos fins de semana ou períodos de festa o cliente leva o produto para o churrasco comemorativo. “Foi uma correria”, diz a respeito do movimento dos últimos dias.

Moraes conta que os cortes mais procurados geralmente são bife ancho e bife de chorizo, mas para o fim de ano o que tem saído mais é a costela.

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