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Economia

Taxa de desemprego cai no último trimestre e fica em 13,7%, aponta PNAD

Pesquisa aponta melhora recente nos números, que ainda assim, ficam distantes do visto há 10 anos

Nyelder Rodrigues | 30/09/2021 10:59
Fila de pessoas aguardando atendimento e procurando emprego na sede da Funtrab, em Campo Grande. (Foto: Paulo Francis/Arquivo)
Fila de pessoas aguardando atendimento e procurando emprego na sede da Funtrab, em Campo Grande. (Foto: Paulo Francis/Arquivo)

A taxa de desemprego caiu para 13,7% no último trimestre, encerrado em julho de 2021, e alcançou o menor nível dos últimos 12 meses, aponta a PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, indicador oficial elaborado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), desde o ano de 2015.

Divulgado na manhã desta quinta-feira (30), o estudo indica que o número bruto de desempregados no Brasil é de 14,1 milhões, enquanto o de empregados chega à casa dos 89 milhões - ou seja, 50,2% da população, no trimestre encerrado em julho.

Apesar da melhora em comparação aos números mais recentes, o País segue aquém dos números já apresentados há praticamente 10 anos, quando a taxa de desocupação chegou a marca de 6,8% no trimestre de agosto, setembro e outubro de 2012.

O número ficava bastante próximo do que os economistas consideram o pleno emprego, taxa que varia entre 3% e 6% e que representa uma grande demanda de postos de trabalho disponíveis no mercado e um curto período de procura por emprego por aqueles que estão em busca de vagas formais, ou seja, com registro do vínculo.

A pesquisa não traz dados regionalizados, mas conforme o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgado ontem (29), pela Secretaria do Trabalho do Ministério da Economia, Mato Grosso do Sul segue em alta no quesito empregos.

Em 2021, até agosto, o Estado contou com 180.582 contratações e 146.550 demissões, número que gerou um saldo positivo de 34.032 empregos criados - o índice de novas vagas chega a 6,4% em comparação ao mesmo período de 2020.

Já quando analisados os dados dos 12 meses mais recentes, o saldo positivo de empregos de Mato Grosso do Sul é de 43.901, 8,41% maior do que o visto nos 12 meses anteriores aos aferidos para elaborar a estatística atual. O saldo foi fruto de 442.629 admissões e 367.213 desligamentos no período de pesquisa do Caged.

Informalidade - Voltando aos dados nacionais analisados no PNAD Contínua, foi aferido que o setor que mais puxou o crescimento da ocupação foi o de construção, com avanço de 10,3%, seguido por alojamento e alimentação, com 9,0%, serviços domésticos, na casa dos 7,7%, e transporte, armazenagem e correio, com registro de 4,9%.

Contudo, a informalidade - preenchida principalmente por trabalhos sem carteira assinada no setor privado ou doméstico, ou mesmo contrato feito através de CNPJ - chegou a 36,3 milhões de pessoas e uma taxa de 40,8%. No trimestre anterior, a taxa foi de 39,8%, com 34,2 milhões de pessoas se encontrando nesta situação.

Há um ano, esse contingente era menor (30,7 milhões) e a taxa em que se encontrava o País era de 37,4%, o menor patamar da série. "O número de informais cresceu 5,6 milhões. O avanço da informalidade tem proporcionado a recuperação da ocupação da PNAD Contínua", explica a analista da PNAD Contínua, Adriana Beringuy.

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