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Economia

Terminal ferroviário de Chapadão do Sul tem capacidade de carga triplicada

Ampliação será inaugurada nesta quarta-feira e permitirá transporte de até dois milhões de toneladas de grãos por ano

Humberto Marques | 03/07/2018 14:59
Unidade fica na Ferronorte e teve capacidade de transporte de grãos ampliada de 600 mil para 2 milhões de toneladas. (Foto: Semagro/Divulgação)
Unidade fica na Ferronorte e teve capacidade de transporte de grãos ampliada de 600 mil para 2 milhões de toneladas. (Foto: Semagro/Divulgação)

Será inaugurada nesta quarta-feira (4) a ampliação do terminal ferroviário de Chapadão do Sul –a 321 km de Campo Grande–, que teve a capacidade de carga triplicada pela concessionária Rumo Logística, em parceria com a ECTP (Engelhart Commodities Trading Partners) e com estímulo do governo estadual. A estação terá por objetivo intensificar o transporte ferroviário da produção agropecuária da região, reduzindo custos e melhorando a logística por meio da Ferronorte (Ferrovia Norte Brasil).

“Desde o início do governo, temos feito um trabalho forte com a Rumo para reativação desse terminal. O foco é a melhoria e a redução dos custos logísticos. Sempre que o governo fala de uma estratégia de melhoria logística, está procurando meios que faça uma redução de custos. E a ferrovia, como meio já estabelecido, gera transporte mais eficiente e barato”, pontua Jaime Verruck, titular da Semagro (Secretaria de Estado Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar).

Foram investidos cerca de R$ 27 milhões na ampliação e reabertura do terminal, agora preparado para embarcar até dois milhões de toneladas de grãos por ano –crescimento superior a 300% em relação às 600 mil toneladas movimentadas de fevereiro de 2017, quando foi reativado, a dezembro passado.

Potencial – As obras foram divididas em duas fases: reforma estrutural para garantir a plena reativação de operações e ampliação da unidade. O novo tombador e duas tulhas aumentaram a capacidade estática de 9 mil toneladas para 39 mil. Para Verruck, a estrutura vai atrair a produção de todo o norte do Estado e de municípios de Goiás, na divisa com Mato Grosso do Sul. “Quando a logística é mais competitiva, ela gera um aumento direto de renda e na economia”, pondera.

Ainda conforme o secretário, a Ferronorte (EF-364) já recebeu no ano passado o terminal de celulose de Aparecida do Taboado e, futuramente, começará a transportar também etanol. “Portanto, ela está focada em commodities. Dessa forma, podemos, a partir deste terminal, mandar etanol para São Paulo e trazer combustível de São Paulo para Chapadão”.

A economia também tem impactos ambientais, já que o aumento em 300% na capacidade do terminal equivale a 35 mil viagens de caminhão por ano, reduzindo a emissão de poluentes e gargalos logísticos no país.

“Trabalhamos estrategicamente para garantir investimentos de grande porte nunca feitos antes na região. A obra reforça o nosso compromisso no escoamento da produção nacional”, destaca Julio Fontana Neto, presidente da Rumo.

A Ferronorte vai de Santa Fé do Sul (SP) a Rondonópolis (MT), em um trajeto de 755 quilômetros que corte no nordeste de Mato Grosso do Sul, formando com a Malha Paulista o principal corredor de exportação agrícola do país, ligando o Centro-Oeste ao Porto de Santos.

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